2 Ago 2021 13:32
"Jungle Cruise – A Maldição nos Confins da Selva" estreou com 61,7 milhões de dólares nas salas de cinema mundiais. Deste total, 34,2 milhões foram obtidos nos Estados Unidos e Canadá, o restante veio de outros 47 mercados internacionais. A produção Disney terá conseguido ainda cerca de 30 milhões de dólares do serviço Premium Access na plataforma online Disney+, valor mundial.

As receitas são divididas de forma distinta em cada caso. Na sala de cinema, cerca de metade fica com a exibição, o resto segue para o distribuidor. No streaming, a Disney terá de separar-se de um valor bem menor, na casa dos 15% de acordo com números partilhados na imprensa norte-americana. Um pagamento destinado a plataformas intermediárias que concordaram em incluir a Disney+ nos seus pacotes.

Desde o início da pandemia, a indústria cinematográfica trava uma luta constante pela sobrevivência. Com as salas fechadas, os estúdios optaram por transferir os seus maiores filmes para os serviços próprios de streaming onde estão a investir grandes somas. Numa primeira fase com lançamentos exclusivos online e após a reabertura dos cinemas, num formato dito "híbrido", ou simultâneo. Esta opção provocou enormes críticas por parte dos exibidores, vítimas do fim de um regime de exclusividade que durante décadas protegia o seu modelo de negócio, primeiro da televisão, depois também da venda e aluguer de cópias físicas dos filmes, sucessivamente em suporte VHS, DVD e BluRay, e agora da distribuição na Internet.

Dá-se como praticamente certo, nos Estados Unidos, de que este modelo veio para ficar. Mesmo que a sua sustentabilidade a médio e longo prazo ainda esteja por provar. Antes do filme com Emily Blunt e Dwayne Johnson, a Disney já lançara "Viúva Negra" e "Cruela" com a mesma estratégia híbrida. O filme com Emma Stone segue com 221 milhões de dólares em box office mundial; a aventura da Marvel com 344 milhões.

Os números provenientes do streaming não são claros. Ao contrário do modelo de distribuição cinematográfica, onde as receitas são tornadas públicas e auditadas externamente e onde até as estimativas costumam ser de admirável precisão, ninguém sabe como está a correr a aventura da distribuição direta e online. Reféns do preço das ações, as empresas de entretenimento limitam-se a soltar alguns valores soltos, dando sempre a impressão de que escondem os desempenhos menos positivos.

Sabemos, via Disney, que "Viúva Negra" abriu no streaming com 60 milhões de dólares em todo o mundo. "Jungle Cruise" terá obtido metade desse valor. Com um custo de produção anunciado de 200 milhões, só começará a dar lucro a partir dos 400-450 milhões.

BOX OFFICE
    Fim de semana (USD) Total (USD)
# TÍTULO TOTAL RESTO DO MUNDO EUA TOTAL RESTO DO MUNDO EUA
1 Jungle Cruise – A Maldição Nos Confins da Selva $61 781 000 $27 600 000 $34 181 000 $61 781 000 $27 600 000 $34 181 000
2 Raging $34 777 000 $34 777 000 $37 336 000 $37 336 000
3 Upcoming Summer $20 600 000 $20 600 000 $20 650 000 $20 650 000
4 Old – Prisioneiros do Tempo $14 284 000 $7 524 000 $6 760 000 $48 604 000 $17 991 000 $30 613 000
5 Viúva Negra $14 126 000 $7 700 000 $6 426 000 $343 566 862 $176 500 000 $167 066 862
6 Space Jam: Uma Nova Era $12 565 000 $8 300 000 $4 265 000 $118 639 000 $57 900 000 $60 739 000
7 Green Snake $10 707 000 $10 707 000 $56 833 000 $56 833 000
8 Velocidade Furiosa 9 $10 701 000 $8 051 000 $2 650 000 $641 743 000 $473 198 000 $168 545 000
9 Escape from Mogadishu $10 279 000 $10 279 000 $10 356 000 $10 356 000
10 The Suicide Squad $7 000 000 $7 000 000 $7 000 000 $7 000 000
Dados: ComScore
  • cinemaxeditor
  • 2 Ago 2021 13:32

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