Os Mínimos em


joao lopes
1 Jul 2017 0:46

Para o melhor ou para o pior, a infinita saga das sequelas, continuações e remakes também chegou à animação… Agora, são os estúdios Illumination que nos dão mais uma prova, não especialmente feliz, dessa tendência que passou a condicionar muitas opções da grande indústria. Ou seja: a saga de "Despicable Me", entre nós "Gru, o Maldisposto", chega ao seu episódio nº 3.

Infelizmente, cedo se sente que a necessidade (?) de continuar a história do cérebro do Mal que é Gru foi pensada menos como narrativa e mais como acumulação de sketches de inspiração desigual, fingindo que um filme existe como um clímax atrás de outro clímax… O resultado é a rápida banalização daquilo que podia ser o trunfo principal: o aparecimento de Dru, irmão gémeo de Gru, que não consegue compreender porque é que o seu querido mano passou a estar com as forças do Bem…
É certo que a dupla Gru/Dru permite ao actor Steve Carell um trabalho de duplicação (literalmente) que reflecte a sua versatilidade de actor. Seja como for, "Gru, o Maldisposto 3" vai-se arrastando sem grande imaginação, até porque a personagem do vilão, Balthazar Bratt (com voz de Tret Parker), possui um poder anedótico — prendendo tudo e todos com pastilhas elásticas gigantes — que, em boa verdade, está todo revelado no trailer.
Como resultado destas opções, o melhor — isto é, a presença dos Mínimos — está reduzido a pequenos números, enérgicos é certo, mas que não conseguem emprestar consistência global ao projecto. O melhor deles (a canção interpretada num concurso televisivo) está mesmo exposta, integralmente, na Net. Dir-se-ia que quem faz as sequelas já não acredita naquilo que está a fazer…

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