31 Out 2020 14:46
Sean Connery, o primeiro a interpretar a personagem de James Bond no cinema, morreu durante o sono, aos 90 anos, confirmou o filho do ator, citado pela BBC. Acrescentou ainda que Connery estaria adoentado há algum tempo.
Nascido em Edimburgo, em 1930, numa família de origens humildes, passou por uma série de profissões antes de se dedicar à representação. Esteve na Marinha Real, conduziu camiões, foi salva-vidas e acabou por arranjar trabalho nos bastidores de um teatro na cidade onde nasceu. O seu gosto pelo culturismo, que lhe valeu um terceiro lugar no concurso Mister Universo na década de 50, ajudou-o também a arranjar o primeiro trabalho no palco com um pequeno papel numa peça. Seria o início de uma carreira de seis décadas que se estendeu à televisão e, sobretudo, ao cinema.

Em 1962 foi escolhido para ser James Bond, o agente secreto 007 dos livros de Ian Fleming, na primeira adaptação ao cinema. O sucesso de "Dr. No" levou a mais quatro filmes: "From Russia with Love (1963)", "Goldfinger" (1964), "Thunderball" (1965) e "You Only Live Twice" (1967)". Seria substituído por George Lazemby em 1969, mas "On Her Majesty’s Secret Service", revelar-se-ia um fracasso de bilheteira. Contrariado, Connery regressou em 1971 para "Diamonds Are Forever" (1971), antes de passar o testemunho ao mais bem sucedido Roger Moore.

Livre das aventuras de espionagem, Connery pode dedicar-se a outros géneros. Em 1975 foi dirigido por John Houston em "The Man Who Would Be King" onde pode trabalhar com o amigo Michael Caine. "The Wind and the Lion", "Robin and Marian", "Crime no Expresso do Oriente" (1974) e "Uma Ponte Longe de Mais" (1977) foram outros títulos de sucesso onde trabalhou durante a década de 70.

Em 1983, quando já ninguém esperava, Connery retorna ao universo de 007 para "Never Say Never Again", uma produção externa à série oficial da Eon Films e desde sempre considerada "não oficial".

Manteve-se um dos nomes de primeira linha graças a "O Nome da Rosa", baseado no livro de Umberto Eco, "Highlander" e "Os Intocáveis", de Brian De Palma, com um papel que valeu ao ator escocês o único Oscar da sua carreira. Ainda teve tempo para surgir como o pai de Indiana Jones em "A Última Cruzada", comandar um submarino soviético em "A Caça ao Outubro Vermelho", entre outros.

Quatro anos após um derradeiro papel como protagonista em "Liga de Cavalheiros Extraordinários", Connery anunciou a reforma, em 2007.

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  • 31 Out 2020 14:46

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