4 Set 2016 20:23

Através do filme "Iguais", de Drake Doremus, deparámos com mais uma história de um futuro assombrado — todas as acções humanas são controladas por um sofisticado sistema de máquinas e computadores, de tal modo que as emoções estão proibidas. Entre as obras que vêm à memória, há uma incontornável, infelizmente algo esquecida. O título: "THX 1138".

THX 1138 é o nome oficial da personagem interpretada por Robert Duvall. Ele trabalha numa fábrica que produz polícias andróides. Dito de outro modo: nesta sociedade hiper-controlada, as própria tarefas de vigilância estão entregues a robots que, na prática, impõem um sistema de vida puramente mecanizado, em que a simples aproximação dos corpos é tabu.



"THX 1138" foi lançado em 1971 — quer dizer, é um filme com nada mais nada menos que 45 anos. E o menos que se pode dizer da sua concepção visual e da sua dimensão de parábola futurista é que todos os seus elementos resistiram de forma admirável à passagem do tempo. Foi, na altura, a estreia na longa-metragem de um jovem cineasta que podia simbolizar toda uma nova geração que se estava a afirmar em Hollywood. O seu nome: George Lucas.

A música tinha assinatura de Lalo Schiffrin, compositor de raízes jazzísticas, na altura já devidamente reconhecido, nomeadamente pelo seu trabalho na série televisiva "Missão Impossível" (1966-1973) ou na banda sonora do policial "Bullitt" (1968), com Steve McQueen.

Para George Lucas, foi uma estreia admirável. E se o seu nome entrou na história sobretudo por causa da saga "A Guerra das Estrelas", importa não esquecer que "THX 1138" foi a afirmação de um olhar e uma visão verdadeiramente originais.
  • cinemaxeditor
  • 4 Set 2016 20:23

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