Mundiais atletismo: Presidente da FPA quer 50 km marcha femininos nos Jogos Olímpicos
O presidente da Federação Portuguesa de Atletismo (FPA) defende a inclusão dos 50 km marcha femininos nos Jogos Olímpicos, comparando o papel precursor de Inês Henriques, campeã mundial, ao de Rosa Mota na maratona.
"O atletismo tem sido um grande exemplo, tem sido um paradigma que tornou iguais as oportunidades das mulheres e dos homens nas mesmas disciplinas. Todos nós nos enganámos", reconheceu.
O dirigente quer agora que os 50 km marcha, que só foi incluída nos Mundiais de atletismo de Londres pela Associação Internacional das Federações de Atletismo (IAAF) há três semanas, a 23 de julho, siga o caminho não só da maratona, mas também do lançamento do martelo, do triplo salto e do salto com vara e passe a ser disputado também por mulheres.
"Espero que se torne uma norma e que toda a gente veja com a maior das naturalidades a entrada desta prova no programa olímpico e nos principais calendários internacionais", salientou.
A admissão da disciplina nos Campeonatos Mundiais só foi aceite pela IAAF após uma grande campanha liderada pela norte-americana Erin Talcott, mas que também envolveu a FPA.
Inês Henriques, que até agora competia em 20 km, já revelou que vai dedicar-se a esta distância, mas que fará a prova dos 50 km se esta for admitida nos Jogos Olímpicos de Tóquio2020.
A atleta do CN Rio Maior, de 37 anos, foi cronometrada em 4:05.56 horas, pulverizando o seu recorde mundial, que estava fixado nas 4:08.25 horas e datava de 15 de janeiro de 2017, em Porto de Mós.
Até chegar a Londres, Inês Henriques tinha no currículo três participações olímpicas, a última das quais no Rio2016, onde alcançou o 12.º posto nos 20 km marcha. A atleta conta ainda um sétimo posto nos Mundiais de 2007 e um nono nos Europeus de 2010, sempre na distância dos 20 km.