Conversa Capital com Caldeira Cabral, ministro da Economia

por Rosário Lira

Foto: RTP

O ministro da Economia afirma que não há inversão de estratégia no Orçamento do Estado para 2017. Manuel Caldeira Cabral garante, em entrevista à jornalista Rosário Lira (Antena1) e ao jornalista Celso Filipe (Jornal de Negócios), que o ano vai terminar com a economia a crescer.

"Não vou comentar comentários de um comentador político ligado ao PSD". É a resposta do ministro da Economia a Marques Mendes, quando disse que Manuel Caldeira Cabral "não vai continuar no cargo".

Em entrevista à Antena 1 e ao Jornal de Negócios, o ministro rejeita a tese da falta de peso político. Diz que já provou, para aqueles que defendiam a tese de um Ministério esvaziado de competência, que não é assim e garante que "o peso político faz-se com trabalho e coordenação".Nesta entrevista o ministro nega que haja uma inversão da estratégia no crescimento económico na proposta de Orçamento do Estado para 2017

Rejeita a tese da maldição da Horta Seca, segundo a qual nenhum ministro independente levou o cargo até ao fim nem no PS nem no PSD. Garante que "não há nenhuma maldição", até porque não é supersticioso.

Nesta entrevista o ministro nega que haja uma inversão da estratégia no crescimento económico na proposta de Orçamento do Estado para 2017, como defendeu o Conselho das Finanças Públicas. Refere a existência de "um erro de análise" e que "não há uma inversão de estratégia".

Já em relação a 2016, Manuel Caldeira Cabral considera que os dados que existem até ao momento levam a concluir que o ano vai terminar com o crescimento económico a acelerar.

O ministro da Economia assegura que este ano o processo de consolidação "vai cumprir as metas europeias" e não serão necessárias medidas extraordinárias.

Garante que ao contrário do que a Direita diz, o investimento está a crescer.

Admite no entanto que o investimento continua a ser um problema em recuperação.

Aliás são os dados do investimento privado que levam o ministro a assegurar que não há um problema de confiança em Portugal e a considerar que a direita "faz um muito mau serviço ao país quando fala em falta de confiança".O ministro da Economia assegura que este ano o processo de consolidação "vai cumprir as metas europeias" e não serão necessárias medidas extraordinária e garante que ao contrário do que a Direita diz, o investimento está a crescer.

Manuel Caldeira Cabral adianta que o IRC não baixa porque "não há possibilidade", "não há condições" para fazer uma baixa generalizada de impostos mas refere que 2017 traz um movimento de desagravamento fiscal para as empresas, apesar de não ser aquele que as associações empresariais gostariam.

Relativamente às leis laborais lembra que até agora "o que houve foi estabilidade na legislação laboral" e por isso defende que haja "uma discussão importante em Portugal sobre o mercado de trabalho" para que seja possível olhar o mercado de trabalho de uma forma diferente.
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