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Coleção "Vampiro" está de volta na próxima semana com novo design

por Lusa

Redação, 18 mai (Lusa) -- A coleção "Vampiro", com a chancela Livros do Brasil, vai regressar na próxima semana ao mercado, com um novo `design`, dois títulos da série original e mantendo o formato de bolso, anunciou hoje a Porto Editora.

Os dois primeiros títulos da "nova" coleção "Vampiro" - "Os crimes do bispo", de S.S. van Dine, e "Vivenda calamidade", de Ellery Queen - têm design de Luís Alegre, baseado no `design` anterior, e são publicados no próximo dia 26.

"Numerados, em formato de bolso e com um preço acessível -- como sempre foi característico desta coleção -- regressam a partir do dia 26 de maio às livrarias os clássicos da literatura policial", afirma a Porto Editora em comunicado.

A Porto Editora adquiriu a Livros do Brasil em janeiro do ano passado e, três meses depois, iniciou a publicação, também com um novo design, de outra coleção emblemática daquela chancela, a "Dois mundos".

"Um ano depois do relançamento da coleção `Dois mundos`, a Livros do Brasil cumpre agora uma promessa já feita aos leitores: o relançamento da coleção Vampiro", segundo a mesma fonte.

A coleção "Vampiro" foi iniciada nos anos 1940 e conta "com mais de 700 títulos", tendo sido "uma coleção que marcou gerações de leitores e a história da edição em Portugal, lançando livros dos grandes autores do policial, como Raymond Chandler, Agatha Christie, Dashiell Hammett, Rex Stout, Erle Stanley Gardner, Georges Simenon ou Van Dine e Ellery Queen, muitos deles pioneiros no género e criadores de detetives marcantes que tinham a dedução como principal arma contra o crime", disse à Lusa fonte editorial.

A trama de "Os crimes do bispo" inicia-se com o homicídio "de um homem conhecido como Cock Robin, que aparece com uma flecha cravada no peito, e John Markham, procurador do distrito judicial de Nova Iorque, chama para a investigação Philo Vance, detetive amador de olho apurado e fraca crença em coincidências. Vance logo assinala a referência a uma conhecida lengalenga infantil, e rapidamente se torna claro que este será o padrão de uma série de crimes extraordinários, arquitetados por um assassino de mente perversa, que mantém uma provocação constante à polícia através de cartas enviadas aos jornais, todas elas com a assinatura `O Bispo`", adianta a editora.

A obra é escrita "num estilo simples e direto, construído pela mão hábil de S.S. van Dine", pseudónimo do norte-americano Willard Huntington Wright (1888-1939), que foi "aluno brilhante, estudou em Harvard antes de partir para Paris e Munique, onde prosseguiu a sua formação em artes e letras e iniciou carreira como editor e crítico de arte", prossegue a Porto Editora.

Em 1923, na convalescença de uma tuberculose, Huntington Wright leu uma série de romances policiais e ficou fascinado pelo género. Tês anos mais tarde, publica o primeiro romance com assinatura S.S. van Dine.

"Vivenda calamidade" é o segundo título da coleção, centrado em Ellery Queen, um autor de policiais e detetive privado, filho de um polícia de Nova Iorque.

"Decidido a iniciar a redação do romance policial num ambiente de tranquilidade, [Ellery Queen] deixou Nova Iorque e aportou a Wrightsville, típica cidade provinciana onde os dias parecem correr sem que nada de diferente aconteça", recorda a Porto Editora.

"Os hotéis, porém, estão totalmente ocupados e não parece existir uma única casa para arrendar -- à exceção de um pequeno anexo da mansão da poderosa família Wright, originalmente construído para acolher a filha Nora e o seu noivo, Jim Haight, antes de este desaparecer na véspera do casamento, havia já três anos".

Este marca o início do primeiro livro de Ellery Queen que tem como cenário esta cidade ficcionada. "Considerado o melhor da série Wrightsville, é um romance de grande riqueza psicológica, revelador de uma estrutura notável, onde as mortes se sucedem numa lógica irrepreensível e um elegante cocktail, numa festa de passagem de ano, pode ser a arma do crime", aponta a editora.

Ellery Queen é o pseudónimo conjunto de Frederic Dannay, de seu verdadeiro nome Daniel Nathan, nascido em 1905 e falecido em 1982, em Nova Iorque, e do seu primo Manfred B. Lee, na realidade Manford Lepofsky, também nascido em 1905 e falecido em 1971, naquela mesma cidade.

A dupla escreveu o seu primeiro romance, "O mistério do chapéu romano", em 1929, em que apresentou o detetive Ellery Queen, ele próprio escritor de romances policiais, formado em Harvard, "dono de uma genialidade tão grandiosa quanto a sua arrogância".

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