Editores europeus vão voltar a visitar a Feira do Livro de Lisboa no próximo ano - APEL

por Lusa

Lisboa, 17 jun (Lusa) -- Os editores europeus devem voltar no próximo ano a visitar a Feira do Livro de Lisboa, já que a experiência da edição deste ano, em que o certame foi visitado por editores britânicos, austríacos e alemães, "é francamente positivo".

Bruno Pacheco, secretário-geral da Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL), que organiza habitualmente a Feira, disse à Lusa que "o balanço desta primeira experiência é francamente positivo e, sem dúvida, na próxima edição", a associação vai "procurar contar com novas visitas de editores internacionais que demonstram interesse nos autores portugueses".

"Já há algumas conversas nesse sentido", adiantou o responsável.

Duas delegações, uma composta por sete editores ingleses, e outra pelos editores alemães Frank Wegner, da Suhrkamp/Insel, Christine Popp, da Random Haus, e Steffen Haselbach, da Droemer Knaur, visitaram este ano a feira, assim como o presidente da Associação Austríaca de Editores, Benedikt Foeger.

Esta iniciativa realizou-se pela primeira vez este ano, no âmbito de um projeto patrocinado pela Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) e pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros, com o objetivo de "aproximar os autores e editores portugueses de mercados internacionais", disse à Lusa fonte da APEL.

"O balanço da vinda das delegações alemã e inglesa é francamente positivo. Todos os editores que nos visitaram tiveram reuniões com várias editoras portuguesas e tiveram ainda a oportunidade de visitar a 86.ª Feira do Livro de Lisboa", afirmou Bruno Pacheco à Lusa.

"Pelo que sei, e porque as reuniões foram curtas, não houve nenhum negócio fechado no momento, mas houve um grande interesse por parte dos editores de ambas as delegações em autores portugueses, pelo que estou seguro que alguns contratos se concretizarão", acrescentou.

Para Bruno Pacheco, "o retorno obtido só pode ser favorável, pois gostaram da Feira, da sua dinâmica e formato, gostaram de conhecer os editores e autores portugueses e ficaram muito interessados em saber mais".

"Este foi um primeiro, pequeno, mas importante, passo, na internacionalização da edição e escrita portuguesas, na Feira do Livro de Lisboa", afirmou.

Questionado sobre números das vendas efetuadas este ano, o responsável afirmou: "A APEL não dispõe dos números, apenas das tendências que algumas editoras nos dão e todas elas vão no sentido de uma evolução favorável, tendo havido várias que já tornaram público o seu crescimento de vendas face ao ano anterior, como o caso do Grupo Porto Editora, Grupo LeYa, Editorial Presença, Gradiva, Esfera dos Livros ou Tinta-da-China, entre outros".

Fonte do Grupo Porto Editora confirmou à Lusa, sem adiantar cifras, que "as vendas deste ano foram superiores às registadas no ano passado".

Quanto ao número de visitantes, que a APEL pretendia que ultrapassasse o meio milhão, Pacheco afirmou que "o estudo que está a ser feito, relacionado com os visitantes, ainda não está concluído".

"Sabemos que houve um grande número de visitantes, distribuídos pelos 19 dias de Feira, e acreditamos ter superado os números de 2015, em que se registaram 462.000 visiatntes, segundo dados da APEL.

"Os dias de semana não sofreram quebras de visitantes e, este ano, tivemos mais feriados, que geralmente são sinónimo de mais visitantes. Tivemos um excelente arranque, com o dia da inauguração, e os dias que se seguiram foram igualmente bons. Ao longo de todo o período de Feira, notámos que houve sempre bastantes visitantes, principalmente mais para o final da tarde", adiantou Bruno Pacheco à agência Lusa.

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