Porto, 26 set (Lusa) - A Fundação Ensino e Cultura Fernando Pessoa, no Porto, anunciou hoje que não recebe quaisquer apoios financeiros públicos e declara "um sentimento de incompreensão" por constar da lista que determina redução de apoios em 30 por cento.
"É um sentimento de incompreensão. Não percebemos porque é que estamos numa lista que faz referência a cortes de apoios [públicos], quando nós não recebemos quaisquer apoios", declarou à Lusa Áurea Ramos, da Fundação Ensino e Cultura Fernando Pessoa, informando não receber quaisquer apoios financeiros públicos nem fundos provenientes do Orçamento Geral do Estado.
É com esse "sentimento de compreensão" que a fundação anunciou hoje que vai apresentar "pronúncia", solicitando um esclarecimento do porquê de estar incluída numa "lista com cortes de 30 por cento", acrescenta Áurea Ramos.
"Porque queríamos, e queremos, apresentar pronúncia, solicitamos as vistas do processo relativo à nossa fundação, convictos que estamos de ter havido um lapso de quem, erradamente, considerou esta fundação beneficiária de apoios financeiros públicos", argumenta aquela fundação, através da sua vice-presidente, Maria Manuela Trigo.
A fundação Ensino e Cultura Fernando Pessoa foi notificada, pelo ofício de 21 de setembro de 2012, da secretaria de Estado da Administração Pública, para, querendo, se pronunciar no prazo de 10 dias úteis, em sede de audiência prévia, sobre o projeto de decisão "que determinará a redução de 30 por cento do total de apoios financeiros públicos", indica ainda o comunicado da Fundação Fernando Pessoa enviado à comunicação social.
