Plano Nacional de Leitura é um desígnio nacional para continuar - Comissário

por Lusa

Lisboa, 04 jun (Lusa) - O Plano Nacional de Leitura (PNL), em dez anos, ajudou os portugueses a "terem maior consciência da importância da leitura", disse à agência Lusa o comissário, Fernando Pinto do Amaral, sublinhado que "é um desígnio nacional para continuar".

Criado em 2006, pelo Governo, para "elevar os níveis de literacia dos portugueses", o PNL tinha uma vigência de dez anos, que terminam agora, mas o Ministério da Educação já garantiu que a iniciativa é para manter.

Fernando Pinto do Amaral, nomeado comissário do PNL em 2009, disse à Lusa que há orientações para dar continuidade aos vários programas do plano, e retomar a realização de estudos relacionados com literacia e leitura.

Segundo o comissário, "nesta nova fase do PNL" será reativado o programa "Adultos a Ler+". O que já se faz junto de crianças e jovens "também tem de ser feito junto dos adultos, porque têm poucos hábitos de leitura", disse, sem adiantar mais pormenores.

Ao longo de uma década de existência, com o PNL a envolver professores, bibliotecários, educadores, pais e alunos, Fernando Pinto do Amaral afirmou que "há uma consciência maior da importância da leitura dos pais em relação aos filhos".

"Hoje em dia vamos à feira do livro e vemos que há um interesse maior. Vemos que, para os pais, é importante ler uma história aos miúdos ao deitar. Foram dados passos importantes", descreveu o comissário, escritor e professor universitário.

No mais recente relatório do plano, sobre a atividade entre 2013 e 2015, disponibilizado à agência Lusa, lê-se que os diferentes programas do PNL, de promoção da leitura em ambiente escolar, tiveram cerca de 540 mil euros de apoio financeiro, envolveram quatro mil escolas da rede escolar pública e beneficiaram cerca de 1,2 milhões de crianças e jovens.

No prefácio do relatório, o secretário de Estado da Educação, João Costa, afirma que, entre os maiores sucessos do Plano Nacional de Leitura, conta-se a "dessacralização da leitura, que já não é vista como uma atividade reservada a uma elite, mas sim como uma competência essencial de todos os indivíduos, a que todos devem ter acesso".

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