PR agradece contributo dos artistas porque sociedade que não os "cultiva" está "morta"

por Lusa

Lisboa, 01 out (Lusa) - O Presidente da República agradeceu hoje o contributo dos artistas a Portugal, considerando que uma sociedade que não "cultiva" os seus artistas é uma sociedade "morta" e "sem futuro".

"A sociedade depende da cultura, a sociedade depende da capacidade da criação cultural, nas suas várias expressões isso passa pelos artistas. Uma sociedade que não cultiva os seus artistas é uma sociedade morta, é uma sociedade fechada, é uma sociedade sem futuro", afirmou o chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, numa intervenção na Casa do Artista, em Lisboa, por ocasião da comemoração do Dia Mundial da Música e do Dia Internacional do Idoso.

Sublinhando que em Portugal se quer uma sociedade viva que respeite os artistas, Marcelo Rebelo de Sousa agradeceu o contributo que eles têm dado a Portugal.

Perante uma plateia com algumas dezenas de artistas, Marcelo Rebelo de Sousa recordou os anos que entregaram aos palcos, ao cinema, à rádio, enchendo "vidas muitas vezes tão vazias, tão solitárias, tão tristes e tão melancólicas, que ganharam outro sofro, outra animação, que ganharam outro sentido" devido à sua presença.

"É bonito que haja, ao menos neste domínio da nossa vida coletiva, gratidão - há outros em que também existe, é o caso por exemplo da gratidão em relação aos professores que nunca prescreve, que nunca desaparece - mas não se compara com a gratidão que existe relativamente a vós", disse.

Pois, acrescentou, é uma gratidão que é chamada permanentemente a manifestar-se ligada à saudade.

"Em cada momento recordamos uma intervenção, uma presença, um testemunho, um momento em que foi possível encherem-nos a nossa vida", salientou.

Marcelo Rebelo de Sousa revelou ainda que, dando "um pequeno exemplo pessoal" irá inscrever-se como sócio apoiante da associação da Casa do Artista e, enquanto Presidente da República irá pensar numa ideia que permita associar os artistas, porventura na Presidência da República, a "um momento que possa ser aberto a todos os portugueses".

"Isso é importante, seria a ponte entre o passado, presente e futuro, é essa ponte entre passado, presente e futuro que faz as pátrias e que, sobretudo, faz as grandes pátrias, como a nossa", referiu.

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