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Prémio Internacional Terras sem Sombra é entregue hoje em Sines

por Lusa

Sines, Setúbal, 02 jul (Lusa) -- O músico e programador Michael Haefliger, o arqueólogo sírio Khaled al-Asaad, de Palmira, e a Associação dos Amigos do Parque Ecológico do Funchal são os distinguidos com o Prémio Internacional Terras sem Sombra, que hoje é entregue em Sines.

A cerimónia de entrega do Prémio Internacional Terras sem Sombra, no Centro Cultural de Sines, às 18:30, conta com a presença do ministro da Cultura, Luís Filipe de Castro Mendes, e do ex-Presidente da República Jorge Sampaio.

A título póstumo, o Prémio na área de Património Cultural distingue o arqueólogo sírio Khaled al-Asaad (1934-2015), que nasceu e morreu em Palmira, assassinado pelo grupo terrorista autodesignado Estado Islâmico.

"Em 2015, prevendo-se a queda da cidade, Asaad colaborou [na salvaguarda] de um grande número de obras de arte e artefactos arqueológicos, mas escusou-se, no entanto, a sair da terra natal, tendo ele e seu filho Walid sido detidos pelo auto-designado grupo Estado Islâmico". Asaad "acabou por ser decapitado". O seu corpo, pendurado "no poste de um semáforo, numa avenida da cidade nova (...), foi um aviso à população para que acatasse o regime de terror", sublinhou fonte do festival.

Na área de Música e Musicologia, o Prémio Internacional Terras sem Sombra é entregue ao violinista e programador alemão Michael Haefliger, de 55 anos, que esteve "associado desde sempre a grandes festivais europeus", nos quais "começou por intervir na qualidade de intérprete", de acordo com a organização do Festival.

O Prémio na categoria de Salvaguarda da Biodiversidade será entregue à Associação dos Amigos do Parque Ecológico do Funchal (AAPEF), fundada em 1996, dois anos depois da criação do parque, pela autarquia, na zona montanhosa sobranceira à cidade.

O programa de reflorestação do parque, com uma área de dez quilómetros quadrados, tinha por objetivo recuperar as formações vegetais primitivas, minimizar as condições de propagação de fogos, reduzir a erosão e diminuir os efeitos catastróficos das cheias, da infiltração das águas e reforçar as nascentes.

O Festival, sob a direção artística de Juan Ángel Vela del Campo, tem direção geral de José António Falcão, e executiva de Sara Fonseca, é organizado pela Diocese de Beja, e decorreu de fevereiro a junho, em oito concelhos do Baixo Alentejo

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