Realizador Edgar Pêra assinala 1 de dezembro com instalação manifesto

por Lusa

Lisboa, 28 nov (Lusa) - O realizador Edgar Pêra vai apresentar a instalação inédita "Manifesto Humanóide", no dia 01 de dezembro, no Palácio da Independência, em Lisboa, para assinalar o dia da Restauração da Independência de Portugal.

A apresentação desta nova criação está inserida num programa performativo e poético organizado no âmbito da exposição "Resistência e Liberdade - Independências na arte das Lusofonias".

A organização da exposição tem por objetivo transformar este dia, simbolicamente, no Dia das independências dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP), ocorridas há 40 anos.

Na instalação, a conceção e manipulação da câmara é de Edgar Pêra, a partir de excertos de "O Andróide e o Humano", de Philip K. Dick, ditos pelo ator Nuno Melo (1960-2015), naquela que foi uma das últimas participações do intérprete em projetos cinematográficos do realizador.

Realizada especificamente para esta exposição por Edgar Pêra, a instalação tem banda sonora de Artur Cyanetto, a partir de música de Pedro Code e da Orkestra Mellotrohnika da Pampulha.

O programa vai contar também com `performances` e uma sessão de poesia, destacando-se, neste contexto, a participação de Kwame Konde, autor do livro poético-revolucionário "Kórda Kaoberdi", editado em 1973, em Paris, antes da independência de Cabo Verde.

O livro incluía obras do artista cabo-verdiano Manuel Figueira, algumas das quais também incluídas na exposição agora patente no Palácio da Independência.

A exposição "Resistência e Liberdade - independências na arte das Lusofonias" é organizada pela Sociedade Histórica da Independência de Portugal, a Casa da Liberdade - Mário Cesariny e o Coletivo Multimédia Perve.

A mostra visa assinalar os 40 anos das independências dos Países de Língua Oficial Portuguesa e dos processos de liberdade ocorridos em Portugal, Brasil e nações cujos territórios tiveram administração portuguesa, como Goa, Timor, Macau, tendo por base a Coleção Lusofonias, dedicada à arte moderna e contemporânea de países de língua portuguesa.

A Coleção Lusofonias teve início no final de 1990 e foi já apresentada em exposições realizadas na Galeria Nacional de Arte do Senegal, em Dacar (2010), e no India International Centre, em Nova Deli, Índia (2015).

Esta mostra assumirá, em 2016, um caráter itinerante, prevendo-se a sua apresentação em vários centros culturais espalhados pelo mundo, segundo a organização.

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