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Recital de Kenneth Weiss e Lina Tur Bonet antecipa Festival Terras Sem Sombra de 2016

por Lusa

Lisboa, 18 nov (Lusa) -- O concerto pelo cravista Kenneth Weiss e a violinista Lina Tur Bonet, hoje à noite, no Centro Cultural de Belém (CCB), em Lisboa, antecipa a edição do próximo ano do Festival Terras Sem Sombra (FTSS), que se realizará em oito concelhos do Baixo Alentejo.

O concerto, hoje, às 20:00, na sala Luís Freitas Branco, apresenta música italiana e francesa do período barroco, intitula-se "La petite merveille e Il prete rosso, Versalhes e Veneza no Tempo Barroco", e é uma parceria do FTSS com a "Mostra Espanha", a decorrer até dezembro.

O cravista norte-americano graduou-se na Escola Superior de Artes Cênicas de Nova Iorque, e licenciou-se em Música no Conservatório de Música de Oberlin, também nos Estados Unidos, tendo continaudo os seus estudos com o cravista, musicólogo e regente Gustav Leonhardt, no Sweelinck Conservatorium, em Amsterdão.

Kenneth Weiss tem-se destacado na interpretação do repertório barroco, foi professor no Conservatório de Oberlin e no Real Conservatório de Oslom, ensinando atualmente no Conservatório de Paris.

De 1990 a 1993, Kenneth Weiss foi assistente musical do maestro e cravista William Christie, em Les Arts Florissants, participando em numerosas produções de ópera e gravações.

A programação da 12.ª edição do FTSS é apresentada hoje, às 12:00, no CCB.

Fonte do certame adiantou à Lusa que a programação de 2016 "apresenta uma acentuada presença da música contemporânea, e a estreia moderna de obras de alguns compositores, como Filipe da Madre de Deus, do século XVII, que desenvolveu grande atividade em Espanha".

O FTSS é uma iniciativa do Departamento do Património Histórico e Artístico da Diocese de Beja sendo seu diretor artístico desde o ano passado, o musicólogo Juan Ángel Vela del Campo, e diretor geral o historiador de arte José António Falcão.

Este ano, segundo dados da organização facultados à Lusa, assistiram aos diferentes concertos 8.258 pessoas, e participaram 1.063 voluntários.

Do cartaz deste ano fizeram parte, entre outros, a Orquestra do Norte, o Coro do Teatro Nacional de São Carlos, o guitarrista António Chainho, a soprano Cristiana Oliveira, o grupo I Turchini, a Capilla Santa María e o tenor Pino De Vittorio.

"Criar públicos tem sido um dos objetivos do Festival, uma tarefa lenta, mas enriquecedora, pois os alentejanos carregam no seu ADN a música e a beleza", disse à Lusa Sara Fonseca, diretora executiva do FTSS.

Sara Fonseca salientou que "este é um projeto emanado da sociedade civil e pensado para ela".

"Cada edição procura captar as mais-valias do território e mediatizá-las. Através do exemplo, pode chegar-se mais longe", rematou.

"Combater as assimetrias é algo contra o qual batalhamos todos os dias, levando meios para reabilitar e divulgar patrimónios, por outro lado, alertar e sensibilizar para as questões ambientais representa uma das grandes missões que se colocam hoje, também, aos responsáveis culturais e religiosos", afirmou a responsável.

"O Festival mexe com a economia regional, cria ebulição, em suma, gera riqueza espiritual e material e leva-nos, cada vez mais, a querer fazer com que o projeto seja melhor", disse Sara Fonseca.

A par da programação artística há um conjunto de ações de preservação da biodiversidade e, a encerrar a edição, em julho de 2016, será entregue o Prémio Internacional Terras Sem sombra.

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