Lisboa, 14 out (Lusa) -- O ministro da Cultura, Luís Filipe de Castro Mendes, disse que Dario Fo, hoje falecido aos 90 anos, foi "um dos mais importantes dramaturgos do nosso tempo, inquieto e inconformista".
"A morte de Dario Fo é uma grande perda -- para a literatura, mas também para a sociedade, retratada com mestria na sua sátira. Foi um dos mais importantes dramaturgos do nosso tempo, inquieto e inconformista, num desafio permanente aos leitores, espectadores e até aos atores que levavam à cena os seus textos", afirmou Luís Filipe de Castro Mendes, numa declaração à agência Lusa.
O Prémio Nobel da Literatura, que recebeu em 1997, veio consagrar a escrita de teatro, acrescentou o ministro.
Dario Fo morreu hoje, aos 90 anos, noticiaram vários jornais italianos.
O dramaturgo morreu precisamente no dia em que se verificou a atribuição do Prémio Nobel da Literatura 2016.
O autor estava internado num hospital de Milão, no norte de Itália, há alguns dias, devido a problemas respiratórios, avançaram os meios italianos de comunicação, citados pela agência espanhola Efe.
O dramaturgo e ator nasceu a 24 de março de 1926, no município de Santiago, província de Varese (norte) e, apesar de ter estudado pintura e arquitetura, ficou conhecido pela faceta de dramaturgo, que lhe valeu o Nobel da Literatura em 1997.
Durante a carreira, esteve acompanhado pela mulher, a atriz Franca Rame, que morreu em 2013, e com a qual formou um binómio intelectual consagrado essencialmente a um teatro político e satírico através do qual narraram os problemas da sociedade do seu tempo.
Ao longo da carreira publicou mais de cem obras teatrais, que ele próprio interpretava, entre outros numerosos livros.