O Euro 2016 vai trazer novas curiosidades ao torneio Reuters

As curiosidades dos Campeonatos da Europa

De quatro em quatro anos, todos os adeptos de futebol esperam pelo início do Europeu. Este ano, França é anfitriã e tenta averbar o galardão pela terceira vez na sua história, desde que os Europeus começaram a ser disputados, já passa o longínquo ano de 1960. Foram disputados até hoje 14 torneios, sendo o de 2016, o 15.º. Repassamos algumas das maiores curiosidades dos Europeus.

Em 56 anos de história, o campeonato Europeu de futebol contou com vários vencedores. Até hoje, a Alemanha e a Espanha são aqueles que mais se podem gabar de ter mais troféus ganhos: têm três cada um.

Os germânicos venceram o Europeu em 1972, num campeonato da Europa disputado na Bélgica. Na altura, a Alemanha derrotou a União Soviética na final, com dois golos de Gerd Muller e um de Herbert Wimmer. Oito anos depois, a história repetir-se-ia, em Itália, mas frente à Bélgica.

Triunfo por 2-1, com um bis de Hrubesch.

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O último campeonato europeu conquistado pelos germânicos foi em 1996, há precisamente 20 anos atrás. Contra a excelente República Checa, do saudoso Karel Poborský, Oliver Bierhoff matou as esperanças checas e com dois golos (um no prolongamento), deu à Alemanha mais um título europeu.

De há 20 anos para cá, a equipa agora treinada por Joachim Low nunca mais conseguiu vencer o tão ansiado galardão, tendo disputado a final de 2008 mas perdido o título para a Espanha, que tal como os alemães, também têm três títulos Europeus.

E não é preciso viajar no tempo para reviver os últimos dois títulos espanhóis. A seleção de futebol do país vizinho é a atual bicampeã europeia, tendo vencido a Alemanha (2008) e a Itália (2012) nos últimos dois campeonatos disputados.

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Para nos recordarmos do primeiro é preciso recuar 52 anos. No segundo Europeu disputado em toda a história, ‘La Roja’ não só foi a anfitriã da competição, como acabou por averbar o seu primeiro título.

Mas outros vencedores se contam. A França, organizadora do Euro2016, já venceu o Europeu por duas vezes. Ambos as competições são de má memória para Portugal. Tanto em 1984 como em 2000, a equipa das quinas foi eliminada nas meias-finais pelos gauleses. Domergue, Platini, Henry e Zidane foram os 'carrascos'.

A antiga União Soviética, Checoslováquia (com um fantástico Panenka), Itália, Holanda, Dinamarca e Grécia já festejaram no grande olimpo europeu, pelo menos por uma vez.

Os golos na maior competição europeia de futebol

Já são perto de seis centenas de golos marcados em 14 torneios disputados. O Europeu já contou com 578 golos, até 2012. Portugal, que já tem seis participações nesta competição, leva 40 golos, sendo que na sua estreia foram apenas quatro os tentos marcados.

Fica assim para a história António Sousa, lenda do FC Porto, que marcou o primeiro golo de sempre da equipa das quinas em Europeus. Foi frente à congénere espanhola, numa partida que acabou empatada a um golo, já que Santillana também deixou a sua marca com um tento.

O ano de 2000 foi o mais prolífico para a equipa de Portugal. Liderada por Humberto Coelho, Luís Figo, Rui Costa e companhia marcaram dez golos, com as partidas frente à Inglaterra e Alemanha a mostrarem-se épicas, com três golos cada.

Luís Figo, João Pinto, Nuno Gomes e um fantático hat-trick de Sérgio Conceição frente aos germânicos de Oliver Kahn levaram Portugal às meias-finais da competição. No entanto, e tal como em 1984, a França, de Henry e Zidane, foi nova 'pedra no sapato' ao roubar a final à seleção das quinas.



No fim da contagem, dos 40 tentos averbados por Portugal, destacam-se Cristiano Ronaldo e Nuno Gomes. Os dois jogadores são, até hoje, os melhores marcadores de sempre de Portugal em Europeus, com seis golos. Ronaldo, no entanto, apresenta vantagem, já que vai entrar em ação no Euro2016 e vai poder aumentar o seu pecúlio, tornando-se no maior goleador português em Europeus.

Mas existem muitos outros golos. Impossível é recordá-los todos, apesar de o querermos fazê-lo. Mas há dois que são icónicos e que fazemos particular questão de destacar. Os de Marco Van Basten e Antonin Panenka.

Golos de ouro, dos que valem títulos.

O golo holandês, o mítico remate sem ângulo de Van Basten à baliza da União Soviética, que só parou no fundo das redes de Dasayev, a 25 de junho de 1988.

By Nationaal Archief

E Panenka. Em 1976. Na decisão pelas grandes penalidades, o avançado da Checoslováquia fez o que nunca ninguém se tinha atrevido a fazer.

Uma grande penalidade. Bola para um lado ou bola para o outro? Nada disso. Bola ‘picadinha’ e o guardião da República Federal da Alemanha viu o esférico a entrar na sua baliza em câmara lenta. Sem hipóteses de defesa, Panenka dava um título inédito à hoje República Checa e criava uma lenda por si próprio na marcação do pontapé dos onze metros.

Os estreantes


Este ano são cinco. Com o alargamento para 24 equipas, onde estarão 552 jogadores, abriu-se a possibilidade de seleções menos cotadas estarem presentes numa fase final do Europeu. Este ano é de festa para equipas como a Albânia, País de Gales, Eslováquia, Irlanda do Norte e Islândia.

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Não se espera que estas equipas vençam a competição mas é expectável que a estreia numa competição tão importante leve as estrelas destas equipas a mostrarem que merecem um lugar na elite europeia do futebol de seleções.

Portugal vai apadrinhar um dos estreantes. A Islândia vai jogar contra a equipa das quinas em Saint-Etiénne e mostrar-se à Europa do futebol, logo frente à seleção que tem no seu plantel o melhor jogador do mundo. Os islandeses, alicerçados num coletivo solidário, já prometeram que não vão em passeio para França e complicar a tarefa a Portugal.

Estrelas como Gareth Bale, Aaron Ramsey, Marek Hamsik, Steven Davis, Lorik Cana ou Taulant Xhaka vão mostrar-se num dos grandes palcos do futebol mundial e com certeza que não vão querer desiludir os seus fãs, ávidos de festa e alegria.