O Instituto Nacional de Estatística confirmou o crescimento de 1,6 da economia portuguesa no último trimestre, face ao ano passado. Em cadeia valida-se o avanço de 0,8% do PIB, o maior da zona Euro.
Foi das exportações que veio o principal impulso. O norte do país é a zona onde este crescimento tem maior expressão.
A região é igualmente responsável por mais de 77% de toda a criação de emprego ao nível das Pequenas e Médias Empresas (PME's) em Portugal.
O Norte do país lidera nas exportações. As empresas da região vendem para o estrangeiro cerca de 20 mil milhões de euros, muito próximo dos 40% do todo nacional.
Os números mostram um crescimento constante e um superavit face às importações.superior a 5 mil milhões de euros anuais desde 2012 .
Os indicadores do Norte Conjuntura, que há uma década fazem a radiografia da região, mostram também que o Norte é uma das região do país onde a produtividade mais cresceu. Nos últimos quatro anos foram 8%. Quase três pontos percentuais acima da média nacional.
Na última década a região perdeu 80 mil postos de trabalho. Desde 2012, no entanto, mais de 77% de todos os empregos criados nas PME's nacionais nasceram a norte.
Em setembro a taxa de desemprego em Portugal manteve-se pelo terceiro mês consecutivo nos 10,9%. O INE admite que em outubro possa descer uma décima.
No vermelho continua o investimento. Caiu 1 e meio por cento no terceiro trimestre do ano, ainda assim menos do que nos três meses anteriores.
Olhando para a realidade da região norte Freire de Sousa garante o investimento vai acontecer. "No Norte 2020 temos 3,4 mil milhões de euros para apoiar projetos. Depois de um ano em que o trabalho foi o de montar todo o esquema burocrático que permite o programa funcionar cumprindo as regras que Bruxelas impõem, 800 mil euros estão já atribuídos, e mais mil e cem milhões comprometidos".
Contas feitas ao fim de dois anos de Norte 2020 um terço do dinheiro que a região tem para investimento está, ou está prestes a estar no terreno.
Este investimento tem três componentes principais - as atividades produtivas, com as empresas privadas como beneficiárias diretas; A investigação cientifica, com as universidades a desenvolverem projetos que mais tarde podem reverter para aumentar a competitividade do o tecido produtivo; e o investimento público de base municipal e supra municipal que visa criar as infraestruturas que garantem a fluidez da economia local.