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Associação Comercial do Porto questiona partidos sobre futuro de infraestruturas

por Lusa

Porto, 03 set (Lusa) -- A Associação Comercial do Porto (ACP) questionou as diversas candidaturas às eleições legislativas de 04 de outubro sobre as suas intenções relativamente às principais infraestruturas da região Norte, desde o porto de Leixões ao aeroporto.

Numa carta de cinco páginas, a ACP recordou que os estímulos ao crescimento económico devem ser conciliados com a sustentabilidade orçamental, mas realçou não ter dúvidas de que "tais estímulos passam também pelo `upgrade` de infraestruturas que são vitais para [melhorar] a competitividade internacional e, como isso, para [aumentar] a capacidade de atração de mais e melhor investimento".

Desta forma, a estrutura liderada por Nuno Botelho questionou as candidaturas sobre se "existe vontade de apoiar o porto de Leixões na sua estratégia de se consolidar como plataforma logística do noroeste peninsular", bem como sobre "como vai o Norte beneficiar da ferrovia europeia do `Corredor Atlântico`, de modo a garantir que os seus principais polos de desenvolvimento ficarão bem posicionados e bem integrados nas novas redes ferroviárias ibéricas e transeuropeias de elevada prestação".

Adicionalmente, a ACP considera "primordial assegurar-se que o atual concessionário do aeroporto mantém uma atitude inovadora, atenta às tendências do mercado de aviação civil, designadamente no que se refere às companhias `low-cost`, para aprofundar o crescimento e a diversificação das ligações diretas que o aeroporto tem vindo a oferecer".

Num quarto ponto a ACP aborda a situação da Metro do Porto e da Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP), sobre que garantias serão dadas, no âmbito do contrato de subconcessão, para a manutenção da qualidade do serviço e de linhas "economicamente menos rentáveis".

"No entender da ACP, os investimentos públicos nestas infraestruturas, cuja implementação extravasa o horizonte temporal da próxima legislatura, carecem de um consenso transversal porque consubstanciam, antes de mais, uma visão estratégica daquilo que deve ser a política de transportes nacional. E nessa perspetiva, o novo quadro comunitário de apoio tem que ser, em última instância, um instrumento financeiro que dê coerência a um processo de desenvolvimento harmonioso e sustentado do país", referiu a ACP no documento.

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