Assunção Cristas defendeu no PPE e junto da Comissão que não haja sanções a Portugal

por Lusa

A presidente do CDS-PP defendeu hoje que não sejam aplicadas sanções a Portugal junto do presidente da Comissão Europeia e na reunião da Assembleia Política do PPE, e disse ter sentido preocupação pelo rumo do atual Governo.

Assunção Cristas interveio na assembleia política do Partido Popular Europeu, manteve reuniões bilaterais com o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, e com o vice-presidente, Valdis Dombrovsky, com o presidente do grupo parlamentar europeu, Manfred Weber, e trocou "algumas impressões com a chanceler alemã, Angela Merkel".

"A todos disse o mesmo: a preocupação do CDS para que não sejam aplicadas sanções financeiras a Portugal, explicando que foi feito muito esforço por todos os portugueses; que, no nosso entender, o défice de 2015 deveria ter ficado abaixo dos 3% e que neste momento é preciso trabalharmos para que as coisas se componham", contou Assunção Cristas à Agência Lusa.

Em declarações recolhidas a partir de Lisboa, a presidente do CDS-PP disse ter sentido da parte dos seus interlocutores "a preocupação em relação ao rumo que o Governo está a traçar".

"Fiquei com a profunda convicção de que esta questão das sanções terá uma dependência direta com o desempenho e com o compromisso do atual Governo", sublinhou.

Para Assunção Cristas, "há a necessidade do atual Governo provar que mantém um compromisso com a consolidação das contas e o cumprimento dos tratados".

"Nessa medida, creio que os próximos meses vão ser bastante clarificadores" disse.

Cristas sublinhou que, "rigorosamente, o presidente da Comissão Europeia explicou que o adiamento das sanções tinha já sido para além do admissível nos tratados".

"Como pode perceber-se, há muitos países em desagrado por a Comissão não ter aplicado as regras como, no entender desses países, devia ter sido feita a aplicação", acrescentou.

"A perspetiva do CDS parte sempre da nossa convicção de que o défice devia ter ficado abaixo dos 3% e devia ter sido feito um esforço por parte do Governo português para fazer essa defesa. Entendemos que há uma ponte forte de apoio no relatório do Eurostat, em que se refere que o défice sem medidas financeiras seria 2,8%", sustentou.

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