Aumento do salário mínimo nacional domina agenda da Concertação Social

por RTP
Lusa

Parceiros sociais e Governo reúnem-se esta quinta-feira para discutir a atualização do salário mínimo nacional. No primeiro encontro com Correia de Campos como presidente do CES, a discussão promete ser acesa, com valores distintos a serem apresentados pelas várias entidades.

O aumento do salário mínimo, atualmente fixado nos 530 euros, vai dominar a agenda do encontro desta quinta-feira em sede de Concertação Social. O Governo comprometeu-se há um ano a aumentar de forma progressiva e o salário mínimo.

Nesse plano, o Executivo prometia que valor para o ano de 2017 seria de 557 euros, quantia que agrada à UGT mas não satisfaz a CGTP, que exige a subida imediata para os 600 euros.

Por sua vez, as confederações patronais não querem que o salário mínimo ultrapasse os 540 euros já no próximo ano.

O novo presidente do Conselho Económico e Social, Correia de Campos, garante que tudo fará para conciliar as posições de patrões e sindicatos.

Em entrevista à Antena 1, Correia de Campos não comenta as condições impostas por Arménio Carlos (CGTP), ao mesmo tempo que diz que o Presidente Marcelo Rebelo de Sousa é “essencial” para que haja acordo para 2020.

António Vieira da Silva, ministro do Trabalho, da Solidariedade e Segurança Social, garantiu ontem à RTP que o Governo está disponível para tentar encontrar uma boa solução para todos.

Os patrões avisam que só aceitam um aumento de dez euros no salário mínimo nacional. António Saraiva, presidente da CIP diz que essa é a condição essencial para chegar a acordo.

Arménio Carlos, secretário-geral da CGTP, refere que ponto de partida para discussão são os 557 euros, prometidos há um ano pelo Governo.

No entanto, a CGTP irá propor o aumento para os 600 euros no próximo ano, conforme consta da sua proposta reivindicativa.

Por sua vez, a UGT aceita o aumento proposto pelo Governo, ainda que a proposta inicial da central sindical tenha sido de 565 euros.

Carlos Silva reconhece que "perante as dificuldades" que surgiram nos pareceiros empregadores, a UGT decidiu demonstrar "boa vontade" e mostrar que "há condições da sociedade civil e parceiros sociais de entenderem à mesa das negociações".

O tema do salário mínimo tem estado no centro do debate nas últimas semanas, tendo o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, recebido os parceiros sociais na semana passada para auscultar patrões e sindicatos sobre a possibilidade de um acordo de médio prazo em sede de Concertação Social que abranja também outras matérias.

O Governo comprometeu-se a aumentar o salário mínimo nacional de forma progressiva, de modo a que este atinja os 600 euros em 2019.

O salário mínimo foi fixado nos 530 euros este ano, devendo chegar aos 557 euros em 2017 e aos 580 euros em 2018, antes de chegar aos 600 euros em 2019.

c/ Lusa
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