Em direto
Portugal comemora 50 anos da Revolução dos Cravos. Acompanhe ao minuto

Bancos sinalizam ligeira redução da restritividade na concessão de crédito no 4º trimestre - BdP

por Lusa

Lisboa, 17 jan (Lusa) -- A concorrência entre os principais grupos bancários terá contribuído para uma "ligeira redução da restritividade" na concessão de crédito no quarto trimestre de 2016, segundo um inquérito do Banco de Portugal (BdP) hoje divulgado.

Segundo o Inquérito aos Bancos sobre o Mercado de Crédito (cuja a amostra é constituída por cinco grupos bancários portugueses), os critérios de concessão de crédito ao setor privado não financeiro "permaneceram em termos globais estáveis nos últimos três meses, por comparação com o trimestre anterior".

No entanto, sinaliza o BdP, "algumas instituições indicaram que as pressões exercidas pela concorrência terão contribuído para uma ligeira redução da restritividade na concessão de crédito".

Uma das cinco instituições inquiridas indicou ainda "que a redução na perceção de riscos associados às perspetivas para o mercado de habitação e à situação económica em geral terão contribuído para critérios ligeiramente menos restritivos nos empréstimos a particulares.

Em sentido oposto, uma instituição indicou que a redução na sua tolerância a riscos contribuiu para um ligeiro aumento da restritividade na concessão de crédito a empresas.

Relativamente aos termos e condições aplicados nos contratos de crédito, dois bancos indicaram uma ligeira redução dos `spreads` aplicados nos empréstimos de risco médio concedidos a empresas e a particulares para habitação, e um banco indicou uma evolução semelhante nos empréstimos concedidos a particulares para consumo e outros fins.

Para o primeiro trimestre de 2017, "a generalidade das instituições inquiridas não antecipa alterações nos respetivos critérios de aprovação de crédito ao sector privado não financeiro", refere o BdP.

Relativamente à procura, no quarto trimestre de 2016 registou-se em termos gerais uma estabilização na procura de empréstimos por parte das empresas, tendo apenas uma instituição referido "um ligeiro acréscimo da procura", apontando como fatores para essa evolução as necessidades de financiamento de existências e de fundo de maneio, assim como a evolução dos empréstimos de outras instituições bancárias.

No caso dos particulares, os bancos sinalizaram um ligeiro acréscimo da procura.

"Três instituições indicaram um ligeiro acréscimo da procura de empréstimos para aquisição de habitação e duas instituições indicaram um ligeiro acréscimo da procura para consumo e outros fins", refere.

Entre os fatores que contribuíram para esta evolução da procura por parte dos particulares, os bancos destacaram a confiança dos consumidores, as perspetivas para o mercado de habitação, o nível geral das taxas de juro e as despesas de consumo relativas a bens duradouros.

Para os próximos três meses, a maioria dos bancos não antecipa alterações significativas na procura de empréstimos, refere a instituição.

No caso das empresas, um banco antecipa um aumento geral da procura de empréstimos ou linhas de crédito e dois bancos antecipam um aumento da procura por parte das Pequenas e Médias Empresas.

No segmento dos particulares, acrescenta, duas instituições esperam um aumento ligeiro da procura, tanto para aquisição de habitação como para consumo e outros fins.

Tópicos
pub