O Banco Central Europeu, que esta quinta-feira decidiu manter inalteradas as taxas de juro, não deverá pôr de parte os estímulos monetários “de forma abrupta”. A indicação é de Mario Draghi. Na conferência de imprensa após a reunião do Conselho de Governadores da instituição que emite o euro, o responsável quis sublinhar que “as taxas de juro baixas funcionam”.
“As taxas de juro baixas funcionam”, frisou Mario Draghi.
O Banco Central Europeu determinou que as taxas de juro permanecessem intocadas – a principal taxa de refinanciamento mantém-se em zero por cento, o mínimo histórico estabelecido há já sete meses.
A instituição explica, em comunicado, que “continua a esperar que as taxas de juro diretoras permaneçam nos níveis atuais ou em níveis inferiores durante um período alargado e muito para além do horizonte das compras líquidas de ativos”.
Intocado fica igualmente o programa de compra de ativos, num valor de 80 mil milhões de euros mensais, até final de março do próximo ano “ou até mais tarde, se necessário”. Tudo dependerá da verificação de “um ajustamento sustentado da trajetória de inflação”.
Na habitual conferência de imprensa após a reunião de governadores, Draghi renovou o compromisso de preservar o “grau de expansão monetário” tendente à estabilização dos preços no bloco da moeda única. E o BCE, disse, voltará a agir para levar a inflação ao patamar dos dois por cento, em caso de necessidade.
Quanto às perspetivas de crescimento económico da Zona Euro, Mario Draghi apontou para uma tímida progressão de 0,3 por cento no trimestre de julho a setembro, análoga à do segundo trimestre.
c/ agências
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