CEiiA procura parcerias com `startups` para acelerar projetos como o carro-drone

por Lusa

Lisboa, 08 nov (Lusa) -- O Centro de Excelência para a Inovação da Indústria Automóvel (CEiiA) anunciou hoje, na Web Summit, que procura `startups` de `hardware` e `software` para se juntarem no desenvolvimento de projetos como o futuro carro-drone.

Desde março que cinco `startups` já colaboram no âmbito do projeto de aceleração 4Scale, com o CEiiA a querer "atrair as melhores `startups` de todo o mundo" para os seus projetos próprios na área da indústria da mobilidade, segundo Helena Silva, do CEiiA.

"Necessitamos de parceiros, como `startups`, para acelerar o `plan to market` de produtos" próprios da instituição, como o veículo autónomo (BE) e a sua evolução para o `flow-me`, ou seja, o carro-drone, disse a diretora geral à agência Lusa.

O protótipo funcional deste carro voador deverá estar a fazer testes reais no início de 2019 e antes de 2022 deverá estar pronto. O veículo é composto por três partes: uma plataforma autónoma, um habitáculo e um sistema aéreo, como se fosse um drone, e é configurável para transportar duas ou quatro pessoas.

"Numa primeira fase vamos estar muito focados em transportar mercadorias, principalmente em zonas industriais, e só depois evoluir para a implementação nas cidades", acrescentou Helena Silva.

Este transporte irá integrar a plataforma de gestão de mobilidade em cidades (mobi.me) do CEiiA, que conta com o sistema de partilha de `scooters` elétricas (Ecooltra), já exportado para Barcelona, Madrid e Roma.

Mas na lista de limitações deste carro voador está a legislação, num processo de colaboração com várias entidades denominado "zonas livres tecnológicas".

A responsável espera que surjam em breve alterações, até porque o CEiiA quer avançar com uma zona livre, no âmbito de uma iniciativa já apresentada nas Nações Unidas, de tornar o eixo Matosinhos, Porto e Gaia, na primeira área do mundo para testar tecnologia de forma integrada para os novos modelos de mobilidade no futuro.

"Isso implica que se trabalhe ao nível da legislação, se envolvam as cidades, as pessoas que desenvolvem tecnologia e os `players` internacionais", pelo que para Portugal "é não só importante, como urgente" trabalhar nestas matérias, como para atrair novos investimentos.

Até 2020, o CEiiA quer ainda a fatura de mobilidade materializada, ou seja, os custos que os utilizadores tenham ao usarem as várias opções da plataforma mobi.me.

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