CGTP lamenta que Portugal seja sujeito a colonização forçada pela troika

por Sandra Henriques

Foto: João Relvas/Lusa

O secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, considera que Portugal passou de país colonizador a país colonizado. Se antes da Revolução dos Cravos Portugal era o colonizador de territórios que viriam a tornar-se independentes, agora é um país colonizado pela União Europeia.

A vigilância reforçada de que Portugal vai ser alvo por parte da ‘troika’ pelo menos até 2038 não deixa Arménio Carlos satisfeito: “É o mesmo que dizer que estão a encaminhar Portugal para uma situação de colonização forçada 40 anos depois do 25 de abril”.

“Temos uma situação impensável. Saímos depois do 25 de abril de um país colonizador para um país respeitador dos direitos, das liberdades e da independência dos povos de África para passarmos a ser um país colonizado pela União Europeia. É uma situação inaceitável 40 anos depois do 25 de abril”, sublinha o líder da Intersindical.

Fonte oficial do Fundo Monetário Internacional revelou ao Diário de Notícias/Dinheiro Vivo que o plano português vai ser alvo de uma avaliação posterior da instituição, mais concretamente por parte de uma equipa que não tenha estado envolvida no programa de assistência em causa. Estes procedimentos são normais e afetam todos os países que recebem ajuda financeira extraordinária.
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