Coimbra quer investir 4ME em dez autocarros elétricos para transportes urbanos

por Lusa

A Câmara de Coimbra quer investir mais de quatro milhões de euros, com comparticipação comunitária, em dez autocarros elétricos para os transportes urbanos da cidade.

A aquisição de dez autocarros elétricos e respetivos sistemas de carregamento, envolvendo um investimento superior a 4,3 milhões de euros, para os Serviços Municipalizados de Transportes Urbanos de Coimbra (SMTUC), vai ser debatida pelo executivo municipal na sua próxima reunião, agendada para a tarde de segunda-feira, anunciou hoje a autarquia.

O investimento envolve um valor global da ordem dos quatro milhões e 370 mil euros, acrescido de IVA (imposto sobre o valor acrescentado), dos quais cerca de metade será objeto de candidatura a fundos comunitários, através do Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos (POSEUR), suportando o município o valor restante (cerca de dois milhões e 150 mil euros).

"A proposta surge da oportunidade recentemente criada com o aviso para a apresentação de candidaturas ao POSEUR para `Promoção da eficiência energética nos transportes coletivos de passageiros incumbidos de missões de serviço público`, que pretende incentivar a utilização de veículos mais eficientes e que utilizem fontes de energia com melhor desempenho ambiental", explica a Câmara numa nota hoje enviada à agência Lusa.

A proposta prevê a aquisição de oito autocarros elétricos de 12 metros de comprimento e dois miniautocarros elétricos de seis metros.

O projeto implica a instalação nas garagens e oficinas dos SMTUC, situadas na Guarda Inglesa, na margem esquerda do rio Mondego, de "uma rede de carregamento de autocarros standard com oito carregadores e de miniautocarros com dois carregadores, para carregamento completo noturno", acrescenta a proposta.

A criação dessa rede exige também a aquisição de um novo posto de transformação elétrica e a contratação de "assistência técnica específica para o projeto e monitorização dos resultados", com o prazo para a execução das operações de três anos.

"Os SMTUC não têm capacidade de autofinanciamento para fazer face a estes investimentos" sendo, por isso, necessário que o município garanta o diferencial do financiamento que não é cofinanciado por fundos europeus, explica ainda a Câmara de Coimbra, que, deste modo, suportará cerca de metade do investimento global.

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