A Comissão Europeia vai propor ao parlamento europeu a suspensão de 16 fundos e programas comunitários que tinham como destino Portugal. É a sanção por não ter sido respeitado o limite do défice.
A mesma fonte precisou que por falta de ação efetiva de Portugal em corrigir o seu défice excessivo, a Comissão deverá propor, "sem ser necessariamente em 20 dias", a "suspensão de parte dos compromissos dos Fundos Estruturais e de Investimentos".
Decisão depois de "diálogo estruturado"
Neste processo de congelamento de fundos, que pode ir até 0,5% do PIB ou até 50% dos compromissos para Portugal, pode ser envolvido o Parlamento Europeu, que "indicou a sua intenção de ter um diálogo consultivo", como previsto nas regras europeias sobre a matéria, pelo que a Comissão "tenciona tomar uma decisão" sobre a suspensão "apenas depois do diálogo estruturado".
"Além disso, Portugal e Espanha vão pedir novos prazos para corrigir os seus défices excessivos. A Comissão deve propôr esses prazos, enquanto o Conselho tomará a decisão final sobre o assunto. A Comissão tenciona regressar a este assunto no final do mês", informou a mesma fonte à agência Lusa.
Numa carta enviada por Jyrki Katainen, vice-presidente da Comissão Europeia, ao presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz é lembrada a decisão do conselho de ministros das finanças de 12 de julho de falta de ação efetiva de Portugal e de Espanha para combaterem os défices excessivos, pelo que a "condição de suspender os fundos está completamente preenchida e a Comissão vai em breve fazer uma proposta nesse sentido".
A mesma carta indica que, na "perspetiva de tomar uma decisão equilibrada", o executivo comunitário está disponível para participar num diálogo estruturado com o Parlamento Europeu.
Em anexo o documento apresenta a lista de fundos e de programas que "podem ser alvo de suspensão" quer para Portugal, quer para Espanha. No caso de Portugal, essa lista inclui 16 programas e fundos.
c/Lusa