Os juros da dívida portuguesa a 10 anos saltaram para os 3,7 por cento. A subida surge num contexto de turbulência nos mercados em todo o mundo.
Ainda o dia começava na Europa e do Oriente já vinha uma maré vermelha. A bolsa japonesa tombou mais de 5%, no pior resultado em três anos.
Um pouco por todo o mundo foi o vermelho a marcar esta terça-feira de Carnaval nos mercados. Com o índice que reúne as principais ações europeias a tocar os valores mais baixos desde 2013.
A preocupar os investidores está a evolução do crescimento mundial, com especial receio sobre o abrandamento da economia chinesa.
No velho contintente estas ameaças são desvalorizadas. Aos receios com o crescimento mundial há que juntar os receios com a banca da Europa.
Isto porque surgiram rumores de que o Deutsche Bank estará com problemas de capital e sem capacidade para cumprir com as obrigações. O ministro das Finanças alemão não se alongou em comentários, mas já veio garantir que não tem receios quanto ao banco alemão.
As notcias sobre o gigante da banca alema bastaram para colocar pressão sobre todo o setor financeiro.
Por cá, o PSI 20 foi um dos mercados mais castigados: perdeu mais de 2% e também em Lisboa o destaque negativo vai para a banca. O BCP tombou quase 7%, a maior queda na praça de Lisboa.
Ora a turbulência no mercado de ações alastra ao mercado de dívida. Os juros dos países periféricos subiram. A dívida portuguesa a 10 anos atingiu o valor os 3,7%, o valor mais alto desde outubro de 2014.