A confirmação do acordo saiu esta segunda-feira da Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF). Os valores do negócio e da capitalização ainda não são conhecidos.
Os valores do negócio e da capitalização ainda não são conhecidos. Em janeiro soube-se que a seguradora precisava de um aumento de capital na ordem dos 50 milhões de euros. As contas de 2014 da seguradora revelam que a Açoreana poderia perder 40 milhões de euros referentes a investimentos no Banif.
A Açoreana é detida em 52,3 por cento pela Soil SGPS, empresa da família Roque, e em 47,7 por vento pela Oitante, a entidade pública que ficou com os ativos do Banif descartados pelo Santander.
Fusão com a "Tranquilidade"
O processo exclusivo de negociação com o fundo norte-americano, liderado pelo Citibank, decorria há duas semanas. Além da Apollo, também a seguradora portuguesa Caravela e o grupo Allianz manifestaram interesse na compra da Açoreana.
O objetivo do supervisor do sector, bem como dos sindicatos e da comissão de trabalhadores, é assegurar a continuidade dos 700 postos de trabalho. O tema foi discutido no Parlamento no final de janeiro, com o ministro das Finanças a assegurar que “a proposta que está a ser negociada, do ponto de vista da manutenção dos postos de trabalho, não tem prevista nenhuma perda de emprego”, afirmou então Mário Centeno, referindo-se à Apollo.
A Apollo já tem experiência no sector dos seguros em Portugal. Em janeiro de 2015 fechou com o Novo Banco a compra da Tranquilidade. As duas seguradoras deverão agora ser integradas numa só empresa, sendo que se mantém a marca Açoreana, fundada em 1892. O fundo norte-americano ocupará o segundo lugar em termos de prémios de seguros em Portugal, atrás da Fidelidade, detida pelo grupo chinês Fosun.
No primeiro semestre de 2015 a Açoreana registou um prejuízo de 1,5 milhões de euros.