É preciso falar de "salários dignos" diz Associação de Empresas Familiares

por Lusa

Lisboa, 21 out (Lusa) -- O presidente da Associação de Empresas Familiares (AEF), Peter Villax, considerou hoje que as empresas não devem falar de salários mínimos, mas de "salários dignos", encontrando condições de desenvolvimento e de investimento para que estes possam chegar a todos.

"Não devemos falar de salários mínimos, mas sim de salários dignos e temos que encontrar as condições de desenvolvimento e de investimento para podermos proporcionar salários dignos a todos", defendeu o responsável em entrevista à agência Lusa.

Para Peter Villax, não há razão para Portugal continuar com "níveis de crescimento anémicos".

"Temos que ter políticas que favoreçam o investimento e o crescimento da nossa economia para todos nos podermos ter salários dignos e que permitam ter uma vida digna".

Segundo o responsável, os especialistas da criação de emprego e geração de investimento são os empresários e os gestores.

"Se quiserem criar emprego e aumentar investimento perguntem-nos a nós que somos os especialistas", disse à Lusa.

Questionado sobre os níveis de precariedade no setor que representa, Peter Villax refere que "a precariedade é uma resposta do mercado e é sintomático de uma economia pobre".

"Temos que resolver não através de legislação própria, mas através do desenvolvimento da nossa economia. Não podemos ter outro objetivo senão o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) a taxas de 3% ao ano ou mais", disse.

De acordo com Peter Villax, a AEF tem atualmente 300 associados e representa entre 60 a 70% do PIB português.

A 17 e 18 de novembro a associação -- que celebrou recentemente 18 anos - organizará uma cimeira de empresas familiares ao nível europeu para discutir a unidade da Europa.

Tópicos
pub