Economia da China é "suficientemente forte" para enfrentar variações na bolsa - FMI

por Lusa

A diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, desvalorizou hoje as fortes quedas recentes na Bolsa de Xangai, considerando que a economia chinesa "é resiliente" e "suficientemente forte" para enfrentar essas variações na bolsa.

Numa conferência `on-line` através de Washington, Christine Lagarde respondeu às questões colocadas pelos jornalistas sobre as quedas na Bolsa de Xangai e se temia impactos dessas variações na economia chinesa.

"Devemos olhar para o mercado bolsista chinês no médio prazo. A Bolsa de Xangai ganhou já mais de 8% quando comparado com o ano passado. É uma subida extraordinária, apesar das quedas recentes", afirmou a diretora-geral do FMI.

Para Christine Lagarde, "a economia chinesa é resiliente e suficientemente forte para enfrentar essas variações dos mercados".

Além disso, considerou, a bolsa chinesa "ainda não está bem estabelecida", quando comparada com as congéneres norte-americanas ou europeias, e que por isso também há uma "curva de aprendizagem" dos intervenientes do mercado, tanto investidores como as próprias autoridades.

A Bolsa de Xangai, cuja volatilidade voltou a alarmar esta semana os mercados internacionais, subiu hoje 3,44%, interrompendo três sessões consecutivas em terreno negativo.

O Índice Composite de Xangai fechou nos 3.789 pontos, acima dos 3.725 de segunda-feira passada, quando a bolsa chinesa registou a maior queda dos últimos sete anos e cinco meses (8,48%).

Na sexta-feira passada, pela primeira vez numa semana, a Bolsa de Xangai - com mais de 2.500 empresas cotadas - caiu 1,29% e continuou a perder nas duas sessões seguintes: 8,48% e 1,68%, respetivamente.

A queda, e em particular a de segunda-feira passada, que foi descrita na imprensa oficial como "colapso", reavivou a extrema volatilidade registada entre meados de junho e a primeira semana de julho, quando a bolsa chinesa perdeu cerca de 30%.

Antes disso, e durante cerca de um ano inteiro, a bolsa chinesa valorizou-se mais de 150%, atraindo milhões de novos investidores.

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