Vila Nova de Famalicão, Braga, 14 jul (Lusa) - A câmara de Famalicão estima que tenham sido criados cem postos de trabalho através dos projetos empreendedores que tem vindo a acompanhar no seu gabinete de apoio, indicou hoje a autarquia ao inaugurar a segunda incubadora do concelho.
Depois de há um ano ter entrado em funcionamento a primeira incubadora nas instalações da têxtil Riopele, zona de Pousada de Saramagos, com capacidade para cinco projetos, hoje foi lançado um segundo polo empreendedor no Vilarinho Parque - Edifício Globus, zona industrial de Vilarinho das Cambas, que pode albergar dez ideias.
Os responsáveis do gabinete de apoio ao empreendedor de Vila Nova de Famalicão, distrito de Braga, apontam que "neste momento estão a ser acompanhados cerca de cem projetos", sendo que 60 constituíram empresa, tendo gerado uma centena de postos de trabalho.
"Temos ideias em fase de constituição de empresa, outras em estruturação ou incubação", indicou Augusto Lima, responsável pelo gabinete que integra a estratégia Famalicão `Made In`.
Relativamente aos polos de incubação, estes destinam-se a "ideias inovadoras vocacionadas à indústria" e startups (empresa recém-criada, ainda em fase de desenvolvimento e pesquisa de mercados) com dois anos.
Na incubadora da Riopele existem cinco projetos, sendo que dois já foram ocupar o espaço de dois outros - um ligado ao têxtil e outro à produção de produtos com base de madeira - que, como referiu o presidente da câmara de Famalicão Paulo Cunha, "ganharam asas" e "precisaram de mais espaço".
As candidaturas para a incubadora de Vilarinho das Cambas abrem hoje mas o autarca referiu que "existe lista de espera", pelo que, garantiu, "surgirão novas incubadoras no futuro se vier a revelar-se necessário", criando-se "uma rede espalhada pelo concelho".
"A câmara tem conseguido junto de parceiros locais encontrar espaços. Nunca haverá uma incubadora exclusivamente da câmara. Queremos encontrar parceiros e estimular a mentoria. Existem em Famalicão muitos jovens que se recusam a fazer parte da longa fileira de desempregados. Queremos reter e cativar talentos", disse Paulo Cunha.
Nestas incubadoras o aluguer de espaços por parte dos empreendedores é gratuito nos primeiros seis meses. Após esse período passa a dois euros por metro quadrado e no segundo ano a 2,5 euros/metro quadrado.
Na cerimónia desta tarde Paulo Cunha falou para os empreendedores mas também para os empresários, incentivando-os a serem "mentores", sublinhando a "importância do acompanhamento" e salientou que "à câmara compete a ignição", ou seja, "criar condições".
Já Reis Campos, administrador do Edifício Globus, que vai receber "dentro de dois a três meses" os dez novos projetos, explicou que decidiu disponibilizar o espaço porque deseja que "Famalicão seja um concelho cada vez mais competitivo".
Informação camarária acrescenta que os projetos incubados têm acesso ao programa Elevador - Aceleração de Startups que inclui uma rede de mentores e outros parceiros institucionais e poderão ter acesso a centros de investigação, bem como beneficiar de "apoio facilitador" do Município.
Podem candidatar-se, enquanto promotores de um projeto, pessoas singulares ou coletivas com menos de 36 meses de atividade e, indica também a informação da autarquia, "serão privilegiados os projetos orientados para a valorização e o crescimento do tecido empresarial do concelho sobretudo nos domínios da indústria e dos serviços de apoio à atividade industrial".
