Lisboa, 12 fev (Lusa) -- O ministro do Planeamento e das Infraestruturas assegurou hoje que a poupança com as Parcerias Público-privadas (PPP) vai "libertar capacidade de investimento na ferrovia" nos próximos cinco anos, viabilizando as intervenções previstas até 2020.
Na apresentação do Plano de Investimentos Ferroviários 2016-2020, Pedro Marques admitiu que o financiamento europeu atinja os 1.200 milhões de euros, com uma taxa de comparticipação a rondar os 60%.
Questionado sobre se a Infraestruturas de Portugal terá os restantes 40% para investir, o ministro disse que a entidade "terá de libertar esses meios no seu orçamento para que isso aconteça".
Pedro Marques disse que este é um investimento em seis anos, e que se assim não fosse "seria impossível", e que também será "viabilizado do ponto de vista orçamental" com a redução dos pagamentos das PPP rodoviárias.
"Nos próximos anos começaremos a ter menos pagamentos associados às PPP rodoviárias e por isso podemos libertar investimento na ferrovia", disse o governante.
Ainda durante a sua apresentação, o ministro das Infraestruturas salientou que 2016 representa "um pico dos pagamentos relativos às PPP rodoviárias", e que quando se começar a reduzir gradualmente esse valor há um aumento do investimento.
O ministro justificou a manutenção da fusão entre a Estradas de Portugal e a Refer na Infraestruturas de Portugal, medida decidida pelo anterior Governo PSD/CDS-PP, com a possibilidade de "libertar capacidade de investimento para a ferrovia".
"É por isso que teremos nos próximos cinco, seis anos a capacidade suficiente de meios libertados para o investimento que agora estamos a começar", disse.
