Greve dos vigilantes e seguranças pode afetar transporte de valores, sindicato

por Lusa

Lisboa, 26 out (Lusa) -- O transporte de valores poderá ser afetado pela greve de quinta-feira dos vigilantes e seguranças privados, que desta vez não terá impacto nos aeroportos nacionais, disse hoje fonte sindical.

O coordenador do Sindicato dos Trabalhadores de Serviços de Portaria, Vigilância, Limpezas Domésticas e Atividades Diversas (STAD), Carlos Trindade, disse à agência Lusa que a paralisação de 24 horas deverá ter maior impacto nos transportes de valores, onde se prevê "uma adesão elevadíssima" ao protesto.

"Contamos ter uma adesão à greve de cerca de 85% na recolha de dinheiro vivo. Desta vez o maior impacto não se verificará nos aeroportos", afirmou.

O sindicalista lembrou que esta paralisação, ao contrário da que foi feita em agosto, não conta com a participação do Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos, que representa a maioria dos vigilantes e seguranças sindicalizados que trabalham nos aeroportos nacionais.

A ANA - Aeroportos de Portugal alertou na terça-feira para possíveis constrangimentos causados pela greve dos trabalhadores das empresas de segurança e aconselhou os passageiros a deslocarem-se com maior antecedência para os aeroportos nacionais.

Carlos Trindade prevê que a greve tenha "uma elevada adesão" dos trabalhadores que desempenham funções nos centros comerciais, nos transportes públicos e nos serviços públicos e conta ter "uma boa manifestação em Lisboa".

"Nunca se pode antever verdadeiramente a adesão a estes protestos, mas sabemos que estão fretados vários autocarros para trazer a Lisboa trabalhadores em greve, por isso contamos que a manifestação tenha umas largas centenas de participantes", disse.

Os trabalhadores em greve concentram-se ao início da tarde junto à sede da associação patronal do setor e desfilam em seguida até à Assembleia da República.

O secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, participa na manifestação.

Os Trabalhadores de Serviços de Segurança e Vigilância, que estão em greve às horas extraordinárias e aos feriados desde o dia 22, reivindicam a revisão do contrato coletivo de trabalho, consignando os direitos em vigor e outros específicos para os trabalhadores que prestam serviço nos aeroportos ou nos transportes de valores, entre outros.

O aumento dos salários e a melhoria das condições de trabalho são outras das reivindicações na origem do conflito.

O setor dos vigilantes e seguranças privados emprega cerca de 35.000 pessoas.

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