Mercado drones militares deve duplicar até 2024 e atingir 10 mil milhões dólares

por Lusa

Paris, 02 out (Lusa) -- O mercado dos aviões não tripulados (drones) militares e de segurança deve duplicar até 2024 e ultrapassar os 10 mil milhões de dólares (8,9 mil milhões de euros), segundo um estudo da IHS-Jane`s publicado hoje.

"O mercado global de defesa e segurança para os drones vai crescer 5,5% por ano durante a década, para passar dos atuais 6,4 mil milhões de dólares para 10,4 mil milhões até 2024", ainda de acordo com o estudo.

"Estes sistemas estão bem estabelecidos, aprovados em combate e são um elemento essencial e em desenvolvimento para as futuras operações em torno do planeta", considerou Derrick Maple, especialista em drones na publicação Jane`s.

No texto prevê-se que os EUA vão recuperar em 2015 o primeiro lugar no ranking de países exportadores, superando Israel que liderou em 2014. Estes dois países representaram 71% das exportações destes aparelhos em 2014.

Em 2015, os EUA devem representar 57% das exportações de drones e dois terços nos cinco anos seguintes.

"A previsão para este ano e um futuro previsível é a de que os EUA vão recuperar uma posição significativa de líder" com as vendas do Predator, da General Atomics, ou do Global Hawk, da Northrop Grumman.

A indústria do drone na Europa Ocidental, cujas vendas se devem estabelecer em 1,3 mil milhões de dólares até 2024, continua a aumentar as suas capacidades com o objetivo de estabelecer uma base sólida e reduzir a sua dependência dos drones americanos e israelitas.

Outros países, como China, Federação Russa, Índia, Coreia do Sul ou Japão, estão a aumentar investimentos e vendas, com estas previstas para atingirem 3,4 mil milhões de dólares até 2024.

Huw Williams, da revista Jane`s International Defence Review, os drones "demonstraram a sua utilidade durante a década passada, principalmente no Afeganistão".

Para este analista, "os operadores tendem a estender o tipo de missões para além da vigilância e do reconhecimento, introduzindo sistemas de armas eletrónicos e de informação sofisticados, bem como uma variedade maior de munições".

Williams previu inclusive que, "com a maturação das tecnologias, vai-se ver drones de combate entrar em serviço", com capacidades reforçadas.

"Vão operar ao lado dos aviões pilotados e vão poder mesmo substituídos em numerosas tarefas", destacou, estimando que este tipo de operações vai ser cada vez mais crucial e necessário.

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