Mesão Frio, 17 abr (Lusa) -- A Câmara de Mesão Frio vai colocar as lojas do mercado municipal em hasta pública a um preço "simbólico", entre os 1.000 e 1.500 euros, para incentivar a criação de emprego, anunciou hoje o presidente.
Alberto Pereira disse à agência Lusa que, com o projeto de requalificação do mercado municipal, foram criados oito estabelecimentos comerciais.
Só que, na primeira hasta pública realizada, apenas uma das lojas foi vendida.
Por isso mesmo, a autarquia vai insistir e abrir um novo procedimento, desta vez a "preços simbólicos" que, segundo o autarca, rondarão entre os "1000 e 1500 euros", dependendo do espaço da loja.
"O objetivo é dar a oportunidade às pessoas de Mesão Frio de criarem o próprio emprego e, assim, ocuparmos esses estabelecimentos comerciais", sublinhou.
Alberto Pereira apontou como dificuldade para a compra das lojas a falta de acesso ao crédito, que atualmente se verifica no país, e a conjuntura de crise que assola Portugal.
"Mesão Frio perdeu nos últimos dez anos mais de 10% da população e sem pessoas não há negócio. Nesta fase complicada da economia portuguesa, as pessoas têm algum receio em laçar-se no próprio negócio", salientou.
O autarca insistiu na necessidade de as pessoas apostaram na criação do próprio emprego, até porque este é dos concelhos com a maior taxa de desemprego do país, a qual atingiu os 27% da população.
Mesão Frio é um concelho essencialmente agrícola, onde a atividade que predomina é a viticultura.
A requalificação do mercado municipal teve um custo total de 1,1 milhões de euros, 70% comparticipados por fundos comunitários e 30% pela autarquia.
Segundo Alberto Pereira, a obra teve como objetivo criar "um polo de encontro e relacionamento social, com mais potencial económico, estimulando a criação de emprego e oferecendo melhores condições para a realização da feira semanal".