O presidente da Câmara Municipal do Porto diz saudar o acordo do Governo com a TAP, no sentido de encarar a empresa como estratégica. Como tal, Rui Moreira considera que a transportadora deve prestar um serviço público a todo o território e terá de dar um sinal disso mesmo. No caso da Invicta, quer que sejam “dadas ordens” para que os voos destinados a quatro aeroportos europeus não sejam interrompidos, como foi anunciado.
Medidas que o presidente da autarquia considera serem extremamente gravosas para a economia da região. Por outro lado, exige que “acabem com a brincadeira da Galiza”. Uma brincadeira de “mau gosto”, diz Moreira, referindo-se à linha Vigo-Lisboa.
O sinal que o autarca pretende é o de “parar a drenagem” do aeroporto do Porto. Até porque, de acordo com Rui Moreira, o consórcio privado que gere a TAP preparava-se para interromper uma outra ligação noturna entre Londres e a Invicta.
“Se vamos pagar a TAP com os nossos impostos, ela deve prestar um serviço público. E esse serviço público passa por garantir serviços a paO autarca garante que esta tomada de posição não tem qualquer pressuposto político-partidário. rtir do Aeroporto Francisco Sá Carneiro. Pelo menos que aquilo que foi anunciado pelos privados deixe de ter lugar e se mantenha a operação atual da TAP”, refere Rui Moreira.
No fim de semana o primeiro-ministro, António Costa, disse que "o Estado vai ter uma intervenção ao nível estratégico e não ao nível da gestão do dia-a-dia da empresa".
"Mas no nível estratégico colocam-se quer a fixação dos hubs, quer a fixação de algumas rotas estratégicas, quer a manutenção no Porto de uma base aeroportuária ativa e que favoreça toda a região", declarou o primeiro-ministro.
Rui Moreira diz que neste momento o Porto não é um hub da TAP, mas deixa essa questão para mais tarde. Para já, realça, o Governo deve dar um sinal: impedir o fim anunciado das quatro rotas.
Rui Moreira confirmou aos jornalistas que está, em conjunto com associações da região, a procurar alternativas com outras companhias aéreas para que possam assegurar as ligações a caminho da supressão.
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