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Novo plano quinquenal chinês antecipa crescimento de 6,5%

por Lusa
Damir Sagolj - Reuters

A Assembleia Nacional Popular (ANP) da China aprovou esta quarta-feira o XIII plano quinquenal do país (2016-2020), que prevê um crescimento anual da economia de pelo menos 6,5 por cento.

O plano quinquenal da China até 2020 é o primeiro desde a chegada do Presidente Xi Jinping ao poder e prevê que em 2020 o Produto Interno Bruto chinês (PIB) seja o dobro do de 2010.

Após quase duas semanas, o plenário da ANP, o órgão legislativo chinês, terminou esta quarta-feira a sua reunião anual, dando luz verde ao documento.

O primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, afirmou, numa conferência de imprensa no final da votação, que vê "mais esperanças do que dificuldades" na economia da China e descartou a possibilidade de o país vir a sofrer uma "aterragem forçada".

Li disse estar confiante em que a segunda economia mundial cumpra os objetivos estabelecidos para este ano e defendeu que a China está numa "boa posição" para evitar riscos financeiros.

Economia, demografia


Em 2015, a economia chinesa cresceu 6,9 por cento, o ritmo mais baixo dos últimos 25 anos e aquém dos 7 por cento que tinha estimado.

No mesmo período, o setor dos serviços representou pela primeira vez mais de metade do PIB, à frente da indústria e agricultura.

As perspetivas para este ano indicam um crescimento entre 6,5 e 7 por cento do PIB, que a inflação se mantenha em torno dos 3 por cento e a criação de 10 milhões de postos de trabalho urbanos (depois de em 2015 terem sido gerados 13,12 milhões).

O documento prevê que a população chinesa chegue aos 1.420 milhões de pessoas em 2020 (atualmente ronda os 1.280 milhões), que 60 por cento vivam em áreas urbanas (hoje são 50 por cento), que não haja ninguém abaixo do limiar da pobreza e que a esperança média de vida aumente em um ano.

Segundo o documento aprovado pela ANP, Pequim vai criar um fundo de 100 mil milhões de yuan (cerca de 14 milhões de euros) para subsídios e compensações para trabalhadores que percam o emprego no âmbito do processo de reestruturação industrial.

Indústria
O XIII plano quinquenal pretende modernizar a indústria da China e responder à excessiva capacidade de produção industrial em certos setores.

Por outro lado, a China vai aumentar o teto máximo do seu défice público para 3 por cento do PIB, para dinamizar o crescimento económico.

O documento prevê que as linhas ferroviárias de alta velocidade tenham 30 mil quilómetros em 2020, face aos 19 mil atuais, e que unam 80 por cento das grandes cidades do país.

Segundo o XII Plano Quinquenal, a China vai investir 800 mil milhões de yuan (112 mil milhões de euros) na sua rede ferroviária e 1,65 mil milhões de yaun (230 milhões de euros) nas estradas.

A China tem a maior rede de comboios de alta velocidade do mundo, seis vezes superior à de Espanha, a segunda mais extensa.

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