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Obras no Cais do Sodré concluídas em fevereiro

por Lusa

Lisboa, 21 jan (Lusa) -- As obras no Corpo Santo e no Cais do Sodré, em Lisboa, que visam a criação de zonas verdes e mais espaço para peões, vão estar terminadas em fevereiro, anunciou a Câmara Municipal.

Segundo o vereador das Obras Municipais, Manuel Salgado, os trabalhos no Cais do Sodré e no Corpo Santo -- que arrancaram em novembro de 2015, tendo também em vista o reordenamento do estacionamento e dos transportes públicos -- estão "a correr bem" e "dentro do prazo que estava previsto", que termina no primeiro trimestre deste ano.

Referindo-se à empreitada do Cais, Manuel Salgado precisou, em declarações à Lusa, que ali "faltam pequenos remates na ligação à Avenida 24 de Julho", assim como "plantar as árvores e fazer algumas ligações elétricas".

"Há também pequenos remates no Corpo Santo, mas essa obra está muito adiantada", assinalou.

Já concluída está a ligação da Praça Duque da Terceira à Rua do Alecrim.

"A obra que está mais atrasada, mas também pensamos que até ao final do segundo trimestre deste ano ficará concluída, é a obra do Campo das Cebolas", admitiu o vereador, explicando que neste local "houve muitos achados" arqueológicos que "não foram possíveis de detetar nas campanhas que foram feitas previamente".

Entre as descobertas estão um cais pombalino, cerâmica e duas embarcações.

"O problema já está ultrapassado e já se pode avançar na construção do parque de estacionamento", adiantou Manuel Salgado, referindo que "a partir do final de março o tapume do lado da Avenida D. Henrique já vai poder recuar e, portanto, já vai ser possível repor a circulação normal".

A intervenção, iniciada em outubro de 2015, prevê um parque de estacionamento subterrâneo e zonas de estadia na superfície.

Nas ruas do Arsenal e da Alfândega, a empreitada, que arrancou no verão passado, é mais simples e prevê o reperfilamento da via e dos passeios. Também aí as obras "estão concluídas", apontou o autarca.

Ao abrigo do programa "Uma praça em cada bairro", estão a decorrer intervenções nos largos de Santos e da Graça e na Rua de Campolide, que visam passeios maiores e mais áreas de estadia, além de mais árvores e melhor iluminação.

"Estão praticamente concluídas. A da Graça está mais atrasada porque a própria Junta de Freguesia pediu para se começar a obra mais tarde, porque tinha os arraiais e, portanto, houve aqui uma dilação", apontou o responsável, dando conta de que ali também foram encontrados vestígios arqueológicos.

De acordo com Manuel Salgado, "qualquer uma destas três obras ficará concluída durante o primeiro trimestre deste ano".

No âmbito deste programa, existem outras empreitadas que arrancam "na semana que vem", como a da Alameda das Linhas de Torres.

"São obras que já têm pouco impacto na circulação, são obras mais localizadas", assinalou o autarca, aludindo ainda a trabalhos no Largo das Fontainhas e do Calvário e no Rossio de Palma, que acabam no terceiro trimestre de 2017.

Também no âmbito do programa "Uma praça em cada bairro", já arrancou a construção de um parque de estacionamento subterrâneo em frente ao Jardim Zoológico, na Praça Marechal Humberto Delgado (Sete Rios), que vai durar um ano.

Enquanto não estiver pronta, haverá outros trabalhos como "alguns na frente do Jardim Zoológico", referiu Manuel Salgado.

Pronta está a intervenção no Eixo Central da cidade, abrangendo Saldanha e Picoas.

A Câmara, de maioria socialista, tem também em curso o programa "Pavimentar", que já possibilitou a repavimentação de 88 quilómetros de rua de um total de 110 quilómetros previstos para o mandato.

Ouvido pela Lusa, o vereador do CDS-PP, João Gonçalves Pereira, apontou fragilidades às obras em curso.

"Eu percebo que o presidente da Câmara [o socialista Fernando Medina] tente passar uma mensagem de que as obras já acabaram, mas brevemente os lisboetas vão perceber que não só não acabaram, como vão continuar para além das eleições de 2017", afirmou.

Enquanto o social-democrata António Prôa considerou que a obra do Cais do Sodré "piorará o padrão de circulação", o eleito do PCP Carlos Moura notou que esses trabalhos não estão a decorrer "com a velocidade que seria expectável".

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