Pharol com prejuízos de 8,3 milhões de euros no primeiro semestre

por Lusa

Lisboa, 30 ago (Lusa) - A Pharol anunciou hoje que registou prejuízos de 8,3 milhões de euros no primeiro semestre, o que compara com um resultado líquido negativo de 14,5 milhões de euros um ano antes.

Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a Pharol refere que "o resultado líquido acumulado no período representou um prejuízo de 8,3 milhões de euros, justificado maioritariamente por perdas de 5,7 milhões de euros na desvalorização da opção de compra" e "os custos operacionais no montante de 3,3 milhões de euros".

O resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações (EBITDA) foi negativo em 3,3 milhões de euros, um valor inferior aos 9,2 milhões de euros negativos no primeiro semestre de 2015.

Nos primeiros seis meses do ano, os custos operacionais da antiga PT SGPS diminuíram 64% para 3,3 milhões de euros.

"Esta redução é explicada por elevada redução de serviços de terceiros relacionados com consultoria e assessoria legal, menores custos com pessoal e menores impostos indiretos", adianta a empresa liderada por Luís Palha da Silva.

"O segundo semestre ficará marcado pela evolução do processo de recuperação judicial - medida dolorosa, mas inevitável, tomada em devido tempo, como agora se comprova - em que a sua participada Oi está envolvida", referiu o presidente do Conselho de Administração, citado no comunicado.

"Nas restantes áreas, em particular no crédito sobre a Rioforte, manter-se-á o esforço de otimização do valor dos ativos e da redução dos custos de funcionamento", acrescentou Luís Palha da Silva.

A Oi encontra-se atualmente em processo de recuperação judicial.

A empresa pretende "manter-se concentrada exclusivamente na gestão do seu atual portefólio de ativos, não prevendo diversificação de atividades, nem investimentos relevantes", refere a Pharol.

O principal ativo da Pharol é o investimento na Oi, com 183.662.204 ações ordinárias e 27,18% do seu capital, e uma opção de compra sobre 42.691.385 ações ordinárias e 85.382.770 ações preferenciais da operadora de telecomunicações brasileira.

A Pharol tem ainda um crédito sobre a Rioforte, do Grupo Espírito Santos (GES), "e irá continuar a seguir cuidadosamente o processo de liquidação da empresa que corre no Luxemburgo, com o objetivo de maximizar os respetivos reembolsos".

A empresa adianta que entre os cenários possíveis "inclui-se o desencadear, contra a Rioforte e partes relacionadas relevantes e outros, as vias legais e processuais ao seu dispor".

ALU// ATR

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