Pharol prepara processos contra ex-administradores da PT

por RTP
Hugo Correia, Reuters

A Pharol, antiga PT SGPS, vai avançar com processos contra ex-administradores pelas aplicações na Rioforte, depois de os acionistas aprovarem a proposta por larga maioria. De acordo com as informações de um dos participantes na assembleia-geral de acionistas realizada esta tarde, houve cerca de 11 mil votos contra.

A Pharol, antiga PT SGPS, prepara-se para avançar com processos contra ex-administradores da empresa. Em causa estão as aplicações na Rioforte.Têm sido avançados os nomes de Zeinal Bava, Henrique Granadeiro, Luís Pacheco, Morais Pires e Joaquim Goes.

Os acionistas da Pharol (43% do capital representado) estiveram reunidos esta tarde em Lisboa, em assembleia-geral de acionistas, para votar a proposta do Conselho de Administração de colocar uma ação de responsabilidade contra ex-administradores da empresa devido a investimentos na Rioforte, do Grupo Espírito Santo (GES).

No final da reunião, o presidente do Conselho de Administração da Pharol, Luís Palha da Silva, foi questionado se Henrique Granadeiro fazia parte da lista dos antigos administradores da PT SGPS que vão ser alvo de um processo, mas Palha da Silva escusou-se a dar nomes, defendendo a privacidade dos mesmos: "Essa lista está em aberto, não exatamente por falta de definição".
Questionado quando é que as ações deverão entrar em tribunal, o presidente do Conselho de Administração da Pharol disse esperar que tal não seja demorado.
Por um lado, explicou, esta assembleia-geral não é um tribunal, "um sítio onde se faz um julgamento, há que respeitar a privacidade das pessoas"; por outro, "podem sempre somar-se ou retirar-se algumas das pessoas que atualmente fazem parte da nossa lista. Não vou entrar em mais nenhuma concretização", acrescentou.

Questionado sobre quantas ações judiciais vão avançar, Luís Palha da Silva foi perentório: "Tantas quantas se revelarem necessárias, dependendo da nossa lista. Obviamente, é uma ação conjunta".Representante de Granadeiro tentou acabar com reunião
O representante do antigo presidente executivo da PT SGPS Henrique Granadeiro propôs a suspensão da assembleia-geral da Pharol. A proposta foi contudo rejeitada com mais de 99% dos votos.

Os acionistas da Pharol (43% do capital representado) reuniram-se esta tarde unicamente para votar a proposta do Conselho de Administração de colocar uma ação de responsabilidade contra ex-administradores da empresa devido a investimentos na Rioforte, do Grupo Espírito Santo (GES).Esta é a primeira assembleia-geral da Pharol (antiga PT SGPS) desde que mudou de nome e com Luís Palha da Silva como presidente do Conselho de Administração.

Os nomes dos ex-administradores em causa não foram divulgados pela Pharol, nem consta no ponto da ordem de trabalhos. A comunicação social tem entretanto avançado os nomes de Zeinal Bava, Henrique Granadeiro, Luís Pacheco, Morais Pires e Joaquim Goes, estes dois últimos foram administradores do BES na PT.

No final de junho do ano passado, foi tornado público que as aplicações na Rioforte, datadas de abril de 2014, ascendiam no seu conjunto a 897 milhões de euros. Estes instrumentos de dívida acabariam por vencer a 15 e 17 de julho do mesmo ano, sem que a PT SGPS conseguisse reaver aquele montante.

A situação culminou com a saída a 7 de agosto passado de Henrique Granadeiro, na altura presidente executivo e do conselho de administração da PT SGPS.

Logo após, Zeinal Bava viu-se obrigado a abandonar a Oi.

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