Processo de venda do Novo Banco prestes a fechar um novo capítulo

por Antena 1

As negociações para a venda do Novo Banco, que decorrem entre o Banco de Portugal (BdP) e o potencial comprador terminam hoje.

A 19 de agosto, o supervisor referiu, em comunicado, que ia dar início à quarta fase do processo de venda do Novo Banco que "corresponde à decisão final e compreende um período de negociação com o potencial comprador selecionado" pela instituição.

Na altura, o BdP indicou que essas negociações deveriam decorrer "até ao final do presente mês de agosto".

Até ao momento, o supervisor nunca revelou o nome das três entidades que se mantêm na corrida à compra do Novo Banco, mas os grupos chineses Fosun e Anbang e o fundo norte-americano Apollo têm sido referidos pela comunicação social como os que apresentaram as propostas vinculativas.

E a imprensa especializada tem insistido que é a seguradora chinesa Anbang que está a negociar em exclusivo com o BdP nesta quarta fase do processo de venda do Novo Banco.

O jornalista da Antena 1 Frederico Moreno já fez o ponto de situação sobre este processod e venda.

Primeiro-ministro fica pelas reticências

No sábado, numa visita a Penafiel, o primeiro-ministro foi questionado pelos jornalistas sobre a possibilidade de a venda do Novo Banco poder representar um prejuízo mais elevado do que as previsões iniciais.

Em resposta, Pedro Passos Coelho disse que o resultado da negociação da venda do Novo Banco será "o melhor que o BdP conseguir alcançar", reafirmando a confiança em Carlos Costa e naquela instituição, revendo-se na estratégia adotada pelo regulador.

O Banco Espírito Santo (BES), tal como era conhecido, acabou a 3 de agosto de 2014, quatro dias depois de apresentar um prejuízo semestral histórico de 3,6 mil milhões de euros.

O BdP, através de uma medida de resolução, tomou conta da instituição fundada pela família Espírito Santo e anunciou a sua separação, ficando os ativos e passivos de qualidade num 'banco bom', denominado Novo Banco, e os passivos e ativos tóxicos, no BES, o 'banco mau' ('bad bank'), que ficou sem licença bancária.
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