A produção das centrais de ciclo combinado, que produzem eletricidade a partir de gás natural, disparou 340% nos primeiros sete meses do ano, tendo em julho atingido o valor mais alto desde 2012, segundo dados da REN.
De acordo com a gestora das redes energéticas, no gás natural mantém-se a tendência de forte recuperação dos consumos, devido à componente das centrais elétricas, que este mês registou o valor mais elevado desde janeiro de 2012, decorrente da quebra de produção de energia hídrica.
Em julho, o mercado de gás natural registou um crescimento homólogo de 24%, semelhante ao verificado no mês anterior.
Já em termos acumulados anuais, regista-se agora um crescimento de 15%, repartido por resultado de crescimento de 0,1% no segmento convencional e 340% no mercado elétrico.
As centrais de gás natural representaram 18% do consumo nacional nos primeiros sete meses do ano, enquanto as centrais a carvão abasteceram 26% do consumo, representando a produção não renovável metade do consumo nacional de eletricidade.
Os restantes 5% do consumo não renovável foram abastecidos com recurso a importação, segundo os dados da REN -- Redes Energéticas Nacionais.
Desde o início do ano, a produção renovável abasteceu 50% do consumo, repartido pelas hidráulicas com 20%, eólicas 23%, a biomassa 5% e as fotovoltaicas 1,6%.
De acordo com o índice meteorológico de seca, em 31 de maio, 45% do território está em situação de seca fraca a moderada e 55% em situação de seca severa a extrema", adiantou recentemente à Lusa a chefe de divisão de Clima e Alterações Climáticas do Instituto Português do Mar e Atmosfera (IPMA).
