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PSD volta a questionar sobre soluções para emigrantes lesados de produtos poupança

por Lusa

O PSD voltou hoje a questionar o Governo se está prevista a "identificação de soluções" para emigrantes prejudicados pela compra de produtos de poupança do BES, repetindo uma pergunta feita em março e que "nunca foi respondida".

Assinada pelos deputados sociais-democratas José Cesário, Carlos Alberto Gonçalves e Carlos Páscoa Gonçalves a pergunta, enviada ao primeiro-ministro, lembrou o "memorando em que se assume a vontade das partes de encontrarem" soluções para os problemas de quem adquiriu papel comercial do BES.

"Porém, nas abundantes declarações divulgadas não se encontram referências a muitos casos de outros cidadãos profundamente lesados por aquele banco, devido à subscrição de variadíssimos produtos financeiros que se vieram a revelar ser uma autêntica fraude", lê-se no documento, que indica haver emigrantes entre os lesados.

Em causa estiveram subscrições de produtos financeiros como a Poupança Plus, o Euro Aforro, o Top Renda e EG Premium, segundo os parlamentares.

Após a resolução do Banco Espírito Santo (BES), a 04 de agosto de 2014, cerca de 8.000 clientes emigrantes do banco vieram reclamar um total de 728 milhões de euros, acusando o banco de ter aplicado o dinheiro em produtos arriscados sem o seu consentimento.

Para tentar minimizar as perdas, o Novo Banco (o banco de transição que ficou com ativos do BES) propôs aos emigrantes uma solução comercial que teve a aceitação de cerca de 6.000 clientes (80% do total) que tinham 500 milhões de euros em produtos de poupança.

No entanto, houve clientes que não aceitaram a solução por considerarem que não era justa e não se adequava ao seu perfil, sendo que o Novo Banco também não fez qualquer proposta aos clientes dos produtos EG Premium e Euro Aforro10, argumentando que não era possível devido ao tipo de instrumentos financeiros abrangidos por estes produtos, sendo assim a única alternativa a reclamação do dinheiro em tribunal.

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