Sindicatos vão "sensibilizar" Bankinter para que trabalhadores do Barclays mantenham direitos
O sindicato dos bancários disse à Lusa que os trabalhadores que ficam no Barclays vão manter todos os direitos e espera que o espanhol Bankinter faça o mesmo com os funcionários do Barclays que vai `herdar`
Paulo Alexandre, do Sindicato dos Bancários do sul e Ilhas, disse que já teve na quinta-feira uma reunião com a administração do Barclays em Portugal para saber como ficará a situação dos trabalhadores, após o anúncio da venda da maioria dos negócios que tinha no mercado português ao espanhol Bankinter, incluindo a unidade banca de retalho.
"Foi-nos dada a garantia de que os que continuam no Barclays, cerca de 150 a 200 trabalhadores, mantem o acordo coletivo de trabalho", afirmou o dirigente sindical.
Já quanto aos cerca de mil trabalhadores que pertencem às atividades do Barclays compradas pelo Bankinter, Paulo Alexandre disse que cabe agora aos sindicatos tentar convencê-los a manter os mesmos direitos.
"Cabe-nos a nós agora tentar sensibilizá-los para subscrever o Acordo Coletivo de Trabalho. Pedimos também à administração do Barclays para sensibilizar o Bankinter para que venha a subscrever", disse também Paulo Alexandre.
O Barclays anunciou na quarta-feira que vendeu os seus negócios de banca em Portugal ao espanhol Bankinter, incluindo a unidade banca de retalho, num negócio que ronda os 100 milhões de euros.
Além do negócio de banca, foi ainda alienado os seguros.
No total, o Bankinter acede a uma rede de 84 balcões e fica com 1.000 trabalhadores.
O negócio deve ser concretizado no primeiro trimestre de 2016, uma vez que faltam agora as autorizações dos reguladores.
Apesar da venda da maioria dos negócios, o Barclays vai manter os negócios de Barclaycard (cartões de crédito), da banca de investimento e de alguns clientes empresariais.
