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"Só a oposição não acredita em Portugal"

por Rui Sá, João Fernando Ramos

Fazer crescer o país pode ser mais difícil no futuro. Um mundo em convulsão política e económica foi tema para o Conselho de Estado que esta tarde esteve reunido em Belém.
No Jornal 2 o ministro da economia garante que a aposta no turismo e o acelerar do investimento público, a par com a abertura de novos programas de reabilitação urbana e ambiente vão ter efeitos positivos nos números ainda este ano.
"Só a oposição não acredita em Portugal. O Investimento privado cresce agora a um ritmo sete vezes superior ao que acontecia à um ano".

O próximo Orçamento não estava na agenda formal mas esteve em fundo nas discussões no dia em que no Parlamento o cenário da suspensão de fundos comunitários ao país e o crescimento anémico da economia acenderam o debate.

"Tivemos no primeiro semestre deste ano um aumento de 60% do investimento estrangeiro na indústria e de 70% no imobiliário", afirmou Manuel Caldeira Cabral. O responsável pela pasta da economia garante que também o investimento público vai começar a ser notado.

"Vamos arrancar com um programa de 100 milhões de euros para melhorar a eficiência energética dos edifícios do Estado. Vão também avançar obras. Só não aconteceram ainda porque tivemos que lançar concursos que em muitos casos demorar mais de um ano", afirmou o ministro que diz "só não fizemos mais investimento porque não existiam nem projetos, nem concursos".

O desemprego subiu uma décima em agosto. 11% é o novo numero provisório. Há 561 mil desempregados à espera da aceleração da economia. Falta o crescimento que o ministro afirma vai começar-se a fazer notar "´já nos números do terceiro trimestre".

O ministro destaca o desempenho do setor turismo como sinal de que a economia vai acelerar e proporcionar o crescimento de que o país necessita.

"Cresceu nos primeiros sete meses do ano 10% em número de turistas, e 17% em valor". Traduzindo a afirmação para euros chega-se a um número quase redondo. Até ao final do primeiro mês de verão o turismo rendeu mais de seis mil e seiscentos milhões de euros ao país. Em troca o setor criou 42 mil novos postos de trabalho.

Apesar de Manuel Caldeira Cabral não encontrar qualquer sinal de desconfiança por parte dos investidores estrangeiros no nosso pais ("apenas no setor das telecomunicações houve um desacelerar desse investimento") a ameaça de sanções de Bruxelas não ajuda - nem à imagem do país, nem ao ritmo de viragem da página da austeridade. Esta é pelo menos a opinião dos deputados que esta quinta feira debateram o assunto no plenário da Assembleia da República.
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