Foto: Pedro A. Pina - RTP
O presidente executivo do Banco BPI, Fernando Ulrich, escusou-se a comentar a polémica dos salários da nova administração da CGD, considerando que o essencial é tornar públicos os detalhes do plano de capitalização.
E realçou: "Este é o ponto central e é o que interessa à população portuguesa, que somos os acionistas da CGD. Ainda não foi tornado público e explicado ao país".
Questionado sobre se os rendimentos do novo líder do banco público devem, ou não, ser tornados públicos, Ulrich deixou a sua opinião.
"O Dr. António Domingues trabalhou aqui connosco 27 anos. Somos grandes amigos. No BPI, tal como em qualquer banco, nomeadamente cotado, nos relatórios e contas que publicamos (duas vezes por ano) vêm apresentadas, com todo o detalhe, aquelas que são as nossas remunerações. Ele, tal como nós, está habituado a isso, não vejo qualquer questão".
De resto, Ulrich fez questão de vincar que não está "nada preocupado com absolutamente nada da CGD", voltando a elogiar a negociação feita entre a nova gestão e o Governo com Bruxelas, que permitiu a aprovação do plano de reestruturação do banco estatal, incluindo uma significativa capitalização.
"É muito importante a CGD ser recapitalizada nos termos que foram aprovados. A única preocupação que tenho é que a CGD vai ser um concorrente cada vez mais forte do BPI", rematou.
Novo Banco: BPI e CaixaBank em sintonia sobre operação de compra
O presidente executivo do Banco BPI, Fernando Ulrich, assegurou hoje que a equipa de gestão que lidera e o CaixaBank estão "completamente de acordo" com a forma como está a ser gerido o processo de tentativa de compra do Novo Banco.
"Vi que havia uma sensibilidade diferente sobre a visão da administração do BPI e a do CaixaBank sobre o Novo Banco. Quero desmentir veementemente. Se há matéria em que estamos completamente de acordo é no que toca ao Novo Banco", afirmou Ulrich, sem adiantar se o BPI vai avançar com uma proposta formal de compra.
Perante as questões colocadas pelos jornalistas sobre o assunto, o responsável insistiu que "o BPI está totalmente alinhado com o CaixaBank e o CaixaBank tem apoiado totalmente as diligências do BPI sobre o Novo Banco".
"Não tenho nada a acrescentar sobre o Novo Banco. Não posso. Não foi feito nada que nos obrigasse a comunicar ao mercado um facto relevante", realçou Ulrich.
E reforçou: "Assinámos um acordo de confidencialidade relativamente ao Novo Banco. Está vivo na minha memória que não posso violar esse compromisso".
(C/Lusa)