Fonte divide favoritismo no jogo com a Polónia

por Mário Aleixo - RTP
José Fonte também prefere ver a seleção a jogar mal e ganhar os jogos Epa-Miguel A. Lopes

O defesa da seleção mostrou-se cauteloso na antevisão do jogo com a Polónia.

O internacional recusou considerar a equipa portuguesa favorita no desafio da próxima quinta-feira, em marselha a contar para os quartos de final do Euro2016.

O futebolista preferiu abordar o encontro com realismo e afirmou: "Acima de tudo acreditamos em nós próprios, que é possível, o mister acredita, temos o apoio dos portugueses que nos dão uma energia muito positiva. Se a Polónia se acha favorita ou não, não interessa muito. Acho que vai ser repartido, 50/50, temos é de nos focar com o plano que tínhamos e que deu sucesso".

O repórter da Antena 1, Nuno Matos, acompanhou a conferência de imprensa desta segunda-feira com o internacional português.



José Fonte sempre pragmático na abordagem ao desempenho da equipa das quinas preferiu colocar-se ao lado do selecionador Fernando Santos: "Se me disserem que vamos jogar mal os jogos todos e ganhar o Euro assino já por baixo. No fim, se ganharmos, ninguém vai dizer que fomos a pior equipa da competição. Houve jogos em que jogámos bem mas as bolas não entraram... Não fizemos de proposto para ficar em terceiro, foi o que calhou. Fizemos tudo para ganhar os jogos todos. Ainda não ganhei nenhum título de grande importância, tirando uma taça em Inglaterra. Se ainda ganhar não seria mau começar por aqui".

José Fonte estreou-se em europeus, depois de ter estado no banco nos primeiros três jogos da competição e comentou a sua atuação: "Acabei por fazer um jogo conseguido, já não jogava há duas semanas, acho que posso fazer melhor. Aqui todos se sentem importantes, o mister faz questão nos dar a entender isso".

O defesa, de 32 anos, instado a comentar se sente azia quando não é titular afirmou sem azedume: "Azia por não ser titular tem que dar sempre, todos são ambiciosos. Se não sentires azia por não jogares alguma coisa está mal. Queremos fazer a vida difícil ao mister. A azia faz-nos trabalhar ainda mais forte. Se eu jogar, muito bem, se não vou continuar a trabalhar da mesma forma para corresponder quando o mister precisar".

O futebolista foi titular frente à Croácia, no Euro2016, mas há seis anos estava a disputar a terceira divisão inglesa, um percurso que o defesa lembrou enquanto tocava o hino de Portugal, no sábado, em Lens.

"Foi uma emoção muito grande. Foi mesmo inesquecível. Foi um sonho para mim", confessou o central de 32 anos, que nos oitavos de final do Europeu completou o seu 13º jogo pela seleção nacional, tendo abandonado o Estádio Bollaert-Delelis com a qualificação no "bolso" e sem qualquer golo sofrido.






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