Em Spa, Hamilton faz pole e história

por RTP
Hamilton, 10ª pole do ano, 6ª consecutiva.



Tornou-se no primeiro piloto em 14 anos a obter 6 poles consecutivas no mundial de F1, o primeiro desde Michael Schumacher em 2001. É uma das únicas 10 vezes que o mesmo piloto sai da pole por 6 GP consecutivos (um record absoluto pertença de Senna com 8 consecutivas). Antes de Hamilton, só Senna, Prost, Schumacher, Lauda, Mansell e Hakkinen, obtiveram tantas ou mais poles em GPs seguidos.



Em simultâneo, Hamilton conquista desde já o troféu FIA de "Pole do Ano", pois ele fez a sua 10ª pole em 11 GPs e já ninguém conseguirá marcar tantas até fim da época.

A decisão da pole em Spa foi discutiva nas duas primeiras fases de qualificação entre Lewis e Nico Rosberg. Com o alemão a marcar posição próxima, uma vez melhor, outra pior, por escassas milésimas em relação ao campeão do mundo.



Mas na hora da decisão, na Q3, Hamilton foi embora, meteu no rigor, precisão e tração uma vantagem de quase meio segundo em relação ao colega de equipa e adversário no mundial.

No fim-de-semana em que realiza o seu 900º GP no mundial de F1, a Ferrari está a ter um momento difícil. A qualificação correu muito mal para os carros de Maranello.

Kimi Raikkonen durante a segunda fase de qualificação teve de parar o carro depois de sentir uma falha mecânica com quebra da pressão de óleo no seu Ferrari. Mas Sebastian Vettel não conseguiu compensar, perdendose por completo na Q3 e perdendo para quase todos, incluindo ambos os Williams,  Lotus e Red Bull. Vettel porém, assumiu erro próprio no final da derradeira volta de qualificação, já no último setor. Um erro que provocou a sua posição na largada.



Outro detalhe da qualificação diz respeito às dificuldades da McLaren. Trazendo para Spa uma nova evolução do motor Honda para Button e Alonso, a McLaren tinha esperanças em relativizar um pouco mais as dificuldades sentidas até agora na época. Verdade que novos motores e componentes montados, levaram a uma acumulação record de penalização que daria sempre aos pilotos da equipa britânica a largada da cauda da grelha. Mas o certo é que, independentemente do facto, podia ver-se em pista uma realidade compatível com essa evolução prometida. Porém, Alonso e Button foram apenas mais rápidos que os Marussia e ficaram eliminados cedo ainda na Q1.



Numa nota que é digna dos regulamentos mais ridículos que se podem ter, Alonso acumula uma penalização de 55 lugares e Button de 50 lugares em grelha. 105 posições que são virtuais, não fazem outra coisa senão meter os carros na última fila da grelha e, apesar de megalómanas, as penalizações não serão resolvidas em pista durante a corrida por qualquer penalização de stop&go, o que confirma a inutilidade desa desproporção de números em penalizações.

Contando já com a evolução mais recente dos motores Ferrari, não foi vantajoso aos Sauber. Que viu surpreendentemente Felipe Nasr ficar eliminado ainda na Q1.

A sessão de qualificação foi nefasta também para Max Verstappen. O jovem holandês sentiu problemas com potência de motor do seu Toro Rosso. Max conta com novo motor Renault para a corrida, do qual resulta também uma penalização de 10 posições na grelha. Verstappen e a equipa consideraram preferível não gastar pneus e poupá-los para a corrida, prescindir de procurar crono na Q2. Ele sairá apenas na frente dos dois McLarens na cauda da grelha.



Depois de prometer na primeira fase da sessão, a Force India perdeu o momento no final da Q2. Ainda levou Sergio Perez em frente para o Top 10, mas Nico Hulkenberg ficou em 11º, perdendo para Vettel e Carlos Sainz Jr. na discussão dos últimos lugares de transição.

Como acima ficou referido, Hamilton na Q3 não deixou margem para dúvidas. Foi com tudo. No setor intermédio da pista, marcou uma diferença substancial para Rosberg e com mérito garantiu a pole, a sua 3ª em Spa-Francorchamps.



Atrás dos dois Mercedes ficou Valtteri Bottas, no Williams, mais um motor Mercedes. Ainda assim a mais de 1,3s. Bottas fez melhor que Massa. O brasileiro cometeu um erro na derradeira volta, que o fez perder pelo menos 2 posições na grelha.

O 4º foi outro motor Mercedes, para o Lotus de Romain Grosjean. O francês perde porém 5 posilções em grelha, por mudança da caixa de velocidades, fazendo ascender na largada de domingo, Sergio Perez no Force India, a essa posição na 2ª fila.



A superioridade dos motores Mercedes na pista com longas retas foi por demais evidente. Os primeiros 5 cronos foram carros equipados com o motor alemão, entre o 1'47.197 da pole de Lewis ao 5º crono de Sergio Perez com 1'48.599. Só depois a marca do Red Bull Renault de Daniel Ricciardo em 1'48.639, de novo carros com motor Mercedes, no caso Massa e Maldonado em 1'48.685 e 1'48.754, para surgir então apenas em 9º o Ferrari de Sebastian Vettel em 1'48.82.

Com as penalizações de Grosjean (5 lugares), Verstappen (10), Button (50) e Alonso (55), a grelha de partida fica assim organizada.



GRELHA DE PARTIDA GP BÉLGICA

1. Lewis Hamilton Mercedes GP 1:47.197  
2. Nico Rosberg Mercedes GP 1:47.655  
3. Valtteri Bottas Williams-Mercedes 1:48.537  
4. Sergio Perez Force India-Mercedes 1:48.599  
5. Daniel Ricciardo Red Bull-Renault 1:48.639  
6. Felipe Massa Williams-Mercedes 1:48.685  
7. Pastor Maldonado Lotus-Mercedes 1:48.754  
8. Sebastian Vettel Ferrari 1:48.825  
9. Romain Grosjean Lotus-Mercedes 1:48.561 (após +5) 
10. Carlos Sainz Toro Rosso-Renault 1:49.771  
11. Nico Hulkenberg Force India-Mercedes 1:49.121  
12. Daniil Kvyat Red Bull-Renault 1:49.228  
13. Marcus Ericsson Sauber-Ferrari 1:49.586  
14. Kimi Raikkonen Ferrari No Time  
15. Felipe Nasr Sauber-Ferrari 1:49.952  
16. Will Stevens Marussia-Ferrari 1:52.948  
17. Roberto Merhi Marussia-Ferrari 1:53.099  
18. Max Verstappen Toro Rosso-Renault No Time (após +10)
19. Jenson Button McLaren-Honda 1:50.978 (após +50)
20. Fernando Alonso McLaren-Honda 1:51.420 (após +55)





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