Inglês igualou 41 triunfos de Ayrton Senna, seu ídolo, na pista onde brasileiro venceu os títulos de 1988, 90 e 91.
A vitória de Hamilton foi construída na largada, com uma eficácia maior que a de Nico Rosberg. Lewis pressionou Rosberg na 1ª curva para assumir a liderança e o alemão acabou por ceder, perdendo mesmo posições para Bottas e Vettel que largaram da 2ª fila.
A largada foi pouco ortodoxa para Hamilton. Ele pura e simplesmente mergulhou para a linha interior da pista, procurando levar vantagem logo n1 ª curva. Por fora Rosberg tentou não perder posição para depois ficar com vantagem interior na 2ª curva.
Só que aí, Hamilton passou para fora na curva 2. Nico não só cedeu a Hamilton como perdeu o momento e foi passado também, como escrito, por Vettel em Bottas.
Rosberg recuperou durante o GP a segunda posição, fruto de pressão sobre Valtteri Bottas a seguir ao 1º pit stop, aproveitando uma hesitação do finlandês e, mais tarde, durante o 2º pit stop, antecipando a paragem na boxe, a Mercedes ter batido a Ferrari que não conseguiu fazer Vettel voltar à pista na frente de Nico.
Vettel após perder o 2º lugar para Rosberg tentou não descolar e até atacar o alemão, com a vantagem de ter no último período de corrida compostos duros completamente novos, ao passo que Rosberg usou compostos já anteriormente rodados em pista. Porém, se no 1º e 2º setores da pista, Vettel conseguia reduzir diferença, já no último setor as coisas não garantiam o sucesso ao vencedor em Singapura. No final, Vettel referiu que deu o máximo, mas os pneus não permitiam mais.
Valtteri Bottas perdeu também o 4º lugar final, ao ceder para Kimi Raikkonen. Uma corrida difícil para a Williams que viu Felipe Massa fora de uma corrida competitiva após o toque na largada que o enviou com furo às boxes, o mesmo acontecendo com Daniel Ricciardo, no Red Bull.
Com dois dos habituais protagonistas de luta nos pontos, fora de contenda competitiva, abriram vagas para outros lutarem no Top10.
Nico Hulkenberg no Force India, tal como os dois Lotus, de Romain Grosjean e Pastor Maldonado disseram presente. A Lotus não obtinha há mais de 2 anos um resultado de conjunto tão bom (India 2013).
Os dois pilotos da Toro Rosso levaram os últimos lugares pontos com Fernando Alonso a fechar em 11º depois de uma corrida onde foi protagonista. O espanhol foi muito crítico nas mensagens por rádio que foram dadas a conhecer a toda a gente, em direto.
Alonso depois de ser ultrapassado por pilotos como Ericsson no Sauber e Verstappen no Toro Rosso, mostrou a frustração chamando ao motor Honda, um motor de GP2. Contundente em especial se considerarmos que Suzuka é a casa da Honda. Alonso ficou a 13 segundos de fazer 1 ponto. Ou como Button no final de corrida declarou: "Estamos acostumados a lutar. Mas somos como um samurai, sem armadura nem espada".
Frustração para a corrida dos Red Bull também. Ricciardo viu-se envolvido com o toque e furo da largada, a partir daí uma corrida de recuperação que não o levou a melhor que 15º no fim. Um pouco mais à frente terminou o russo Daniil Kvyat que largou da pitlane para a corrida e que depois ao longo da corrida se debateu com inúmeros problemas, de sobreaquecimento de travões até problemas eletrónicos no motor.
Hamilton igualou por fim as 41 vitórias do seu ídolo, Ayrton Senna, precisamente na pista onde o brasileiro venceu todos os seus três campeonatos mundiais.
Perguntado como é igualar as vitórias de Senna, Lewis responde de modo curioso.
"Vou sempre igualar com ele. Ele não teve a chance de continuar a vencer. Daqui para a frente, cada vitória minha será sempre uma vitória que ele teria tido. Estaremos sempre empatados!".
O GP do Japão, esteve quase a tornar-se o primeiro desde o GP da Europa de 2011 em Valência, sem desistências em pista. Mas Felipe Nasr abandonou a 3 voltas do final e impediiu essa rara coincidência.
CLASSIFICAÇÃO FINAL GP DO JAPÃO
| 1. | Lewis Hamilton | Mercedes GP | 1h28m06.508 | |
| 2. | Nico Rosberg | Mercedes GP | +18.964 | |
| 3. | Sebastian Vettel | Ferrari | +20.850 | |
| 4. | Kimi Raikkonen | Ferrari | +33.768 | |
| 5. | Valtteri Bottas | Williams-Mercedes | +36.746 | |
| 6. | Nico Hulkenberg | Force India-Mercedes | +55.559 | |
| 7. | Romain Grosjean | Lotus-Renault | +1m12.298 | |
| 8. | Pastor Maldonado | Lotus-Renault | +1m13.575 | |
| 9. | Max Verstappen | Toro Rosso-Renault | +1m35.315 | |
| 10. | Carlos Sainz | Toro Rosso-Renault | +1 volta | |
| 11. | Fernando Alonso | McLaren-Honda | +1 volta | |
| 12. | Sergio Perez | Force India-Mercedes | +1 volta | |
| 13. | Daniil Kvyat | Red Bull-Renault | +1 volta | |
| 14. | Marcus Ericsson | Sauber-Ferrari | +1 volta | |
| 15. | Daniel Ricciardo | Red Bull-Renault | +1 volta | |
| 16. | Jenson Button | McLaren-Honda | +1 volta | |
| 17. | Felipe Massa | Williams-Mercedes | +2 voltas | |
| 18. | Alexander Rossi | Marussia-Ferrari | +2 voltas | |
| 19. | Will Stevens | Marussia-Ferrari | +3 voltas | |
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Felipe Nasr | Sauber-Ferrari | Vibração (!!!) |
A Mercedes colocou de novo a ordem normal no campeonato, de acordo com a relação de forças que se tem observado.
Foi a 8ª vitória em 14 GPs na época para Hamilton, estão 125 pontos em discussão, Lewis tem 48 pontos de vantagem. Basta-lhe gerir o que falta para obter o seu 3º título. A Mercedes venceu o seu 40º GP da história.
No mundial de Pilotos Hamilton está agora com com uma vanagem enorme de 48 pontos com 5 GPs por fazer. É um título à espera de acontecer. Hamilton tem 277 pontos, Rosberg 229, Vettel 218, Raikkonen 119, Bottas 111, Massa 97, Ricciardo 73 e Kvyat 66.
Nos construtores, a Mercedes marca agora 506 pontos, a Ferrari 337, Williams 208, Red Bull 139, Force India 77 e Lotus 60.
A próxima ronda acontece dentro de 2 semanas em Sochi, na Russia.
