Dúvida sobre irregularidade de pressão nos pneus, não alterou classificação. Fim-de-semana perfeito para Lewis. Pole, Volta Mais Rápida, comando de início ao fim e Triunfo, 25 segundos sobre Vettel. Beneficia ainda do abandono de Rosberg.
Lewis Hamilton dominou mais um GP, mas a dúvida da sua vitória final persistiu após a linha de chegada. Um triunfo construído fácil na pista, mas ainda assim com a obrigação de um sprint final que por rádio não foi possível avisar o piloto. O seu engenheiro Peter Bonnington apenas lhe disse pelo rádio: "Não faça perguntas, execute apenas. Nós vamos explicar mais tarde". O campeão precisava apenas de alargar a sua vantagem para o caso de sofrer uma penalização em tempo.
Lewis cruzou a linha de meta com 25 segundos de vantagem sobre o 2º colocado, Vettel.
A vitória e corrida de Lewis foi tão fantástica, como as consideradas de fim-de-semana perfeito, fazendo a pole position, marcando a volta mais rápida de corrida, vencendo e liderando de princípio a fim.
Ele torna-se no 5º piloto da história a atingir 40 vitórias na F1. Atrás de Vettel, Prost, Senna e Schumacher.
A Pirelli determinou um limite mínimo de pressão dos pneus. Ao que os dados revelaram durante a corrida, a Mercedes tinha os seus 2 carros com pressão inferior à legal. No caso de Lewis o pneu traseiro esquerdo tinha -0.3 PSI do que o indicado e Rosberg.
A Mercedes teve de responder sobre o seu procedimento à direção de corrida durante 1 hora e meia.
NOTA: após reunião no final da reunião, os resultados não foram alterados, mas ficou acertado que a partir de agora, há que definir melhor o padrão de pressão de largada segundo os standarts da Pirelli.
A questão de Nico Rosberg em termos de classificação nem se colocou no final, pois o alemão que estava a usar desde sábado o motor anterior (problemas de fiabilidade no sábado de manhã para o novo motor).
Com menos potência que o motor no carro de Hamilton, Nico teve uma corrida sofrível. Caindo para 5º na largada atrás de Hamilton, Vettel e dos Williams de Massa e Bottas, Rosberg conseguiu subir a 3º após a paragem de mudança de pneus.
Uma tática bem conseguida da Mercedes, antes da Williams que não respondeu convenientemente. Mais lenta nas boxes, acrescentando a excelente volta de saída do pit stop por parte de Rosberg, a Williams perdeu para o alemão a posição de pódio. Nico subiu a 3º. E foi já a duas voltas do final, quando começou a pressionar Sebastian Vettel para a 2ª posição que o motor que já tinha feito 6 GPs estoirou.
Abandono de Rosberg que poderá ter terminado com as chances de título para o alemão.
Na pista, foi a 7ª vitória em 12 GPs, por parte de Hamilton. Agora, tudo indica - escreve-se antes de uma decisão tomada pelos comissários de corrida -, aumentando para 53 pontos a sua vantagem sobre Rosberg. São 2 GPs de diferença, com 7 GPs ainda por fazer.
A Ferrari fez o que podia. Raikkonen falhou a largada. Ficando parado e passado por quase todos, começou o seu GP da cauda. O finlandês fez, diz, "tudo o que costumo fazer". O certo é que a 2ª embraiagem falhou. Agora os pilotos não têm a colocação da 2ª embraiagem no local correto, por parte dos engenheiros na pitwall. Incidente de largada que penalizou o finlandês que a partir daí fez uma corrida de recuperação até ao 5º lugar.
Vettel tinha nas mãos preservar a Ferrari em lugar de pódio. Nunca esteve ao nível de Hamilton, não conseguiu mesmo na largada passar o inglês. Mas defendeu bem a 2ª posição até final, que quase valeu uma vitória para os milhares de tifossi nas bancadas de Monza.
A Williams meteu os seus carros onde poderiam estar. Atrás de Hamilton e Vettel. Com o abandono de Rosberg, Massa subiu a uma posição de pódio, mas Bottas que colocou pneus mais tarde que o brasileiro estava mais forte no final. Ambos terminaram colados, com o brasileiro a preservar a 3ª posição.
Atrás dos pilotos da Williams e de Raikkonen que chegou até 5º lugar, os dois pilotos da Force India. Sergio Perez foi 6º e Nico Hulkenberg em 7º, com o alemão a queixar-se permanentemente do carro, inguiável em particular na 2ª fase de corrida com o composto médio "calçado".
Nos pontos terminaram ainda os dois Red Bull que fizeram GP sólido depois de largarem da cauda da grelha devido à penalização com introdução dos novos motores Renault. Daniel Ricciardo saiu de 19º na grelha para na última curva conquistar o 8º lugar de corrida. Marcus Ericsson num momento fantástico de carreira é o abono de família da Sauber, marcando pontos pelo 3º GP consecutivo. E Daniel Kvyat, no outro Red Bull foi o 10º no final.
GP com 4 abandonos. Além do de Nico Rosberg por problemas de motor, também Fernando Alonso abandonou na boxe com o que pareceu uma falha de motor. E os dois Lotus tiveram toques logo na 1ª volta do GP, abandonando ambos com suspensões danificadas.
A McLaren voltou a fazer um GP de sacrifício. Por diversas vezes ficou claro que o motor Honda, mesmo evoluído, está muito longe do ideal, perdendo mesmo perante os carros equipados com motor Renault, em luta direta na pista. Jenson Button no final do GP estava muito desanimado e pela primeira vez falou como se pudesse estar de saída da F1.
Antes do GP começar, os pilotos e o público em Monza lembrou Justin Wilson, ex piloto F1 que faleceu há 2 semanas, vítima de acidente no campeonato Indy.
CLASSIFICAÇÃO DO GP DE ITÁLIA
| 1. | Lewis Hamilton | Mercedes GP | 1h18m00.688 | |
| 2. | Sebastian Vettel | Ferrari | +25.0 | |
| 3. | Felipe Massa | Williams-Mercedes | +47.6 | |
| 4. | Valtteri Bottas | Williams-Mercedes | +47.9 | |
| 5. | Kimi Raikkonen | Ferrari | +1m08.8 | |
| 6. | Sergio Perez | Force India-Mercedes | +1m12.7 | |
| 7. | Nico Hulkenberg | Force India-Mercedes | +1 volta | |
| 8. | Daniel Ricciardo | Red Bull-Renault | +1 volta | |
| 9. | Marcus Ericsson | Sauber-Ferrari | +1 volta | |
| 10. | Daniil Kvyat | Red Bull-Renault | +1 volta | |
| 11. | Carlos Sainz | Toro Rosso-Renault | +1 volta | |
| 12. | Max Verstappen | Toro Rosso-Renault | +1 volta | |
| 13. | Felipe Nasr | Sauber-Ferrari | +1 volta | |
| 14. | Jenson Button | McLaren-Honda | +1 volta | |
| 15. | Will Stevens | Marussia-Ferrari | +2 voltas | |
| 16. | Roberto Merhi | Marussia-Ferrari | +2 voltas | |
| D | Nico Rosberg | Mercedes GP | Motor | |
| D | Fernando Alonso | McLaren-Honda | Motor | |
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Romain Grosjean | Lotus-Renault | Acidente | |
| D | Pastor Maldonado | Lotus-Renault | Acidente |
No mundial de pilotos, Hamilton lidera agora com 252 pontos, Rosberg tem 199, Vettel 178, Massa 97, Räikkönen 92, Bottas 91, Kvyat 58, Ricciardo 55, Grosjean 38, Perez 33 e Hulkenberg 30.
No Mundial de Construtores a Mercedes comanda com 451 pontos. Atrás a Ferrari com 270, Williams 188, Red Bull 113, Force India 63 e Lotus 50.
Adeus Itália. O próximo será em Singapura.
